Cassio Carvalheiro

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

2.4.2 O Comportamento e o Riso


2.4.2  O Comportamento e o Riso
Sob este título vemos o riso como um refinado produto da observação do comportamento humano, talvez o mais humano e inteligente produto desse bípede, como o Burlesco irá mostrar. As vezes rimos inocentemente de cenas de comportamento de animais quando, em essência, eles estariam  contrariando naturalmente aquilo que chamamos de convenções sociais ,  imitando mazelas do homem ou até quando mostram aspectos curiosos de sua espécie, mas que contrariam hábitos e costumes   desenvolvidos pelo homem. 

Quando observamos o comportamento alheio, vemos suas expressões faciais e corporais e a utilização de um amplo repertório de palavras e expressões de significado simbólico ou explícito, indícios de sua particular racionalidade, emoções, estados de espírito, disposições emocionais e (eventuais) distúrbios de emoções. E rimos disso tudo quando percebemos a essência burlesca das representações que o indivíduo expõe, conscientemente ou não, como ator anônimo dessa comédia humana  da qual todos somos observadores.

Sem declarar situações,  procuramos identificar no texto algumas palavras que comportam o riso como seu significado evidente: piadas, gafes, idiossincrasias, (o) nefelibata, inefável,  nefasto, bizarro, (a), mentira, (sujeito) circunstancial,  adverbial,  códigos de comportamentos (“lei de Gerson”, “rouba, mas faz”).

Piadas (anedotas)
Tem sido a maneira de reproduzir situações das quais rirmos de forma piedosa do comportamento alheio, de forma crítica e inteligente de nosso próprio comportamento, das mazelas, vícios e hábitos anti - sociais do homem e de forma maldosa rimos até de defeitos físicos ou mentais dos nossos parceiros neste mundo. E  rimos de muitas coisas mais.

Gafes
Sempre que o comportamento de um indivíduo se desenvolve saborosamente nesse tom de convenções sociais distorcidas e princípios que contrariam o comportamento  humano habitual, o riso do observador ocorre naturalmente, e algumas vezes de forma inconveniente,  como resposta isenta de qualquer sentimento maldoso,  sádico, religioso, etc. 
Tal é o caso, por exemplo, quando rimos de forma contida ao percebermos alguma gafe cometida em uma ocasião solene, mesmo que sejamos o autor da gafe. (j_nagado-23.02.2012)


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