Cassio Carvalheiro

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

2.4.1 Construindo Comportamentos - comentários finais


Comentários    

Esta rápida apresentação de alguns cientistas do comportamento humano dentro do Burlesco, não tem por objetivo o debate “natureza x criação”, o quê o livro “O que nos faz humanos” trata com muito mérito, principalmente quando trata das descobertas  científicas de  funções especializadas dos genes e  dos cromossomos.
Uma idéia que o livro citado nos deu, foi  atribuir uma estrutura genômica ao ser humano que observamos, com  um conjunto de variáveis conhecidas que lhe determinariam o comportamento. Chegar a este conceito sem ferir nenhum dos fundamentos científicos que agravam a pesquisa séria é impossível, mas é bom lembrar que  estamos no ambiente do Burlesco e a pesquisa ainda não terminou. 
Em Burlesco damos importância ao motivo da ocorrência do riso de um observador em relação ao comportamento de outro  ser humano, e para tanto avaliamos os resultados das pesquisas daqueles cientistas, alguns dos quais envolvidos em experiências pouco humanitárias.
Por exemplo, Lorenz, seguidor de Hitler,  é criticado por sua tentativa de aplicar suas teorias do “imprinting” animal sobre o gênero humano, quando afirmava que o os “humanos são autodomesticados  e que isto os levava à deterioração física,  moral e genética”. O caso do eleitor pobre, material e intelectualmente,  que é cooptado pelo político mau caráter por meio de presente barato pode ser um exemplo da aplicação daquele conceito de “imprinting”. Indivíduos   sem   oportunidade de viver dignamente,  ter livre - arbítrio e aspirar ver - se livre da ignorância herdada à beira da sociedade são tristes vítimas desse tipo de político.   O elemento desse extrato da  sociedade é tragicamente cômico,  paradoxalmente cômico, quando também se observa a mesma deterioração física,  moral e genética daqueles que vivem às custas da corrupção e que tiveram todas aquelas oportunidades que são  pleiteadas pelos pobres. 
A abordagem do evolucionismo permite a análise da ocorrência de “trombadas” da natureza que podem ter gerado algumas das excrescências humanas  que vemos por aí, como sugere a existência de políticos corruptos e outros exemplos da fauna que se mescla com o gênero humano.
O Burlesco não irá aderir a nenhuma teoria ou terapia comportamental  como guia para obter o riso, mas, sim, irá explorar pontos essenciais das conclusões  dos diversos filósofos e cientistas do comportamento ou de suas eventuais divergências para analisar estilos de comportamentos e definir uma estrutura para o Burlesco. 
A teoria do Condicionamento Operante do behaviorismo radical (Skinner), por exemplo, toma por base um viés daquele princípio do positivismo lógico, através do qual podemos afirmar que “o significado de (um comportamento) uma proposição  é  dado na sua verificação (demonstrado no riso)”. Espera-se, pois, que “todo erro na premissa não apareça na conclusão”. 
A afirmação acima é pessoal e coincidentemente recorrente com o Contrutivismo (“não existe observação neutra da realidade”) e com a filosofia Positivista que vincula o positivismo lógico ao behaviorismo Radical defendido por Skiner.
As práticas verbais das divergências entre cientistas do comportamento se mostrarão verdadeiras lições do burlesco e assim serão experimentadas no texto.(j_nagado - 14.02.2012)

(j_nagado / 13.02.2012) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário