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Esta rápida apresentação
de alguns cientistas do comportamento humano dentro do Burlesco, não tem por
objetivo o debate “natureza x criação”, o quê o livro “O que nos faz humanos” trata
com muito mérito, principalmente quando trata das descobertas científicas de funções especializadas dos genes e dos cromossomos.
Uma idéia que o
livro citado nos deu, foi atribuir uma
estrutura genômica ao ser humano que observamos, com um conjunto de variáveis conhecidas que lhe
determinariam o comportamento. Chegar a este conceito sem ferir nenhum dos
fundamentos científicos que agravam a pesquisa séria é impossível, mas é bom
lembrar que estamos no ambiente do
Burlesco e a pesquisa ainda não terminou.
Em Burlesco damos
importância ao motivo da ocorrência do riso de um observador em relação ao comportamento
de outro ser humano, e para tanto
avaliamos os resultados das pesquisas daqueles cientistas, alguns dos quais
envolvidos em experiências pouco humanitárias.
Por exemplo,
Lorenz, seguidor de Hitler, é criticado
por sua tentativa de aplicar suas teorias do “imprinting” animal sobre o gênero
humano, quando afirmava que o os “humanos são autodomesticados e que isto os levava à deterioração
física, moral e genética”. O caso do eleitor
pobre, material e intelectualmente, que é
cooptado pelo político mau caráter por meio de presente barato pode ser um
exemplo da aplicação daquele conceito de “imprinting”. Indivíduos sem oportunidade de viver dignamente, ter livre - arbítrio e aspirar ver - se livre
da ignorância herdada à beira da sociedade são tristes vítimas desse tipo de
político. O elemento desse extrato da sociedade é tragicamente cômico, paradoxalmente cômico, quando também se
observa a mesma deterioração física,
moral e genética daqueles que vivem às custas da corrupção e que tiveram
todas aquelas oportunidades que são pleiteadas pelos pobres.
A abordagem do
evolucionismo permite a análise da ocorrência de “trombadas” da natureza que
podem ter gerado algumas das excrescências humanas
que vemos por aí, como sugere a existência de políticos corruptos e
outros exemplos da fauna que se mescla com o gênero humano.
O Burlesco não
irá aderir a nenhuma teoria ou terapia comportamental como guia para obter o riso, mas, sim, irá
explorar pontos essenciais das conclusões
dos diversos filósofos e cientistas do comportamento ou de suas eventuais
divergências para analisar estilos de comportamentos e definir uma estrutura
para o Burlesco.
A teoria do
Condicionamento Operante do behaviorismo radical (Skinner), por exemplo, toma
por base um viés daquele princípio do positivismo lógico, através do qual
podemos afirmar que “o significado de (um comportamento) uma proposição é dado
na sua verificação (demonstrado no riso)”. Espera-se, pois, que “todo erro na
premissa não apareça na conclusão”.
A afirmação
acima é pessoal e coincidentemente recorrente com o Contrutivismo (“não existe
observação neutra da realidade”) e com a filosofia Positivista que vincula o
positivismo lógico ao behaviorismo Radical defendido por Skiner.
As práticas
verbais das divergências entre cientistas do comportamento se mostrarão
verdadeiras lições do burlesco e assim serão experimentadas no texto.(j_nagado - 14.02.2012)
(j_nagado /
13.02.2012)
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