Cassio Carvalheiro

terça-feira, 18 de agosto de 2015

UNINHUMA – 01.2015 - Mensalão e Petrolão....(16.08.2015)





UNINHUMA – 01.2015 - Mensalão e Petrolão....

Brasileiros,   


DEFENESTRADOS (http://licburlesco.blogspot.com/2015/02/cronica-defenestrados-07032001.html) crônica de (07.03.2001), lembra o episódio recente (1992) na história do Brasil, que foi o Impeachment do Presidente Collor, primeiro Presidente eleito (1989) pelo voto direto, após o regime militar (1964-1984). 


As manifestações de hoje, dia 16.08.2015, no Brasil inteiro, pelo impeachment da PRESIDENTA DILMA nos encheram de esperanças, mais uma vez. Fiz meu solitário protesto na Avenida Paulista, até as 16 horas e agora escrevo este post.
 


A UNINHUMA,



do brasileiro honesto, estupefato, vê  que o Mensalão e a corrupção na Petrobras, estão identificados como frutos da mesma organização criminosa.

Sob o título "Da mesma árvore", José Casado (O Globo) nos propicia um texto sobre um “estado de coisas” terrificante neste país, em pleno século XXI. Veja o texto 
Da mesma árvore” , por José Casado, O Globo 
noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2015/08/da-mesma-arvore.html      




UNINHUMA procura captar, no relato insólito da armação contada por José Casado, a imagem cômica da participação de personagens nominalmente citadas ou reconhecidas no ambiente em que o episódio é contado.

Palácio do Planalto, janeiro de 2003.


Lula degusta a primeira semana no poder, em conversa com os ministros José Dirceu (Casa Civil), Antônio Palocci (Fazenda) e Miro Teixeira (Comunicações).


Preocupam-se com o novo Congresso, que toma posse no mês seguinte. Lulla chegou à Presidência com 52 milhões de votos, mas o PT não conseguiu ir além dos 18% das (504) cadeiras na Câmara, com 91 deputados federais.


Discute-se “como é que se organiza” a maioria no Legislativo. O Zé sai na frente com a sua proposta, que deveria dominar o “Congresso burguês”, numa evocação aos “300 picaretas”, que Lula (1993) usara ao se referir à maioria dos parlamentares federais.


Era este o ambiente no cerne de um partido político que inicia seu mandato. 


“Lulla escuta, sorridente, a ideia de usar cargos com fatias do orçamento do governo e das EMPRESAS ESTATAIS, para compor a “maior base parlamentar do Ocidente”.


Palocci e Miro em oposição, sugerem alianças a partir de projetos específicos — a começar pelo “ajuste fiscal” —, até para atrair parte da oposição, o PSDB de Fernando Henrique Cardoso, sociólogo que exibia o orgulho de ter passado a faixa presidencial ao operário transformado em símbolo da democracia industrial brasileira.


Palocci e Miro insistem. Acabam atropelados.


A proposta de Dirceu escondia e mistificava, tanto quanto revelava, coisas que o deputado líder do PTB, Roberto Jefferson, iria revelar em junho de 2005, à CPMI dos Correios. Essas revelações deram curso ao que se chamou de Mensalão.


Em 14/09/2010 ·morre o ex-deputado José Janene,  ex-líder do PP, um dos réus do esquema do Mensalão.


A operação Lava Jato da Polícia Federal, lançada em 17 de março de 2014, confirmou que a Petrobrás teve suas diretorias divididas entre partidos políticos, no esquema de corrupção que se denominou Petrolão. A Petrobras foi partilhada pelo PT de Dirceu, e Janene, do PP, logo partilhada também por líderes do PMDB.


O juiz Federal Sergio Moro é o grande “hoteleiro” dos políticos e empresários participantes desse fabuloso esquema de corrupção.


Dirceu, já condenado e preso pelo seu envolvimento no Mensalão, havia entrado com pedido de habeas corpus para evitar nova prisão, desta feita pelo envolvimento no Petrolão.  Resultado: o Juiz Moro não se fez de rogado. Dirceu foi preso novamente em 03.08.2015.


O Mensalão e a Rádio FM


A história sugere ter havido intensa romaria ao quarto andar do Planalto, onde o secretário-geral do PT Silvio Pereira e o tesoureiro do partido Delúbio Soares loteavam cargos entre aliados. Dirceu homologava, auxiliado por Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, mais conhecido como “FM”. Certos “romeiros” ficaram conhecidos no Congresso por ouvirem muita rádio ‘FM’ no Planalto (kkkk).
(o eficiente auxiliar do Dirceu, o “mui amigo FM” também foi preso pela operação Lava Jato, no dia 03.08.15).

(josé nagado – 17.08.2015)

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

IBF 09 – UNINHUMA – UNIVERSIDADE DOS INFORTÚNIOS HUMANOS (02.08.2015)









IBF 09 – UNINHUMA – UNIVERSIDADE DOS INFORTÚNIOS HUMANOS



 

“Uninhuma – Universidade dos Infortúnios Humanos”, ou simplesmente – UNINHUMA, nova seção do blog Confrarias do Riso, é uma homenagem ao amigo Rubinho BORTOTO, autor do livro “Mosaicos” – Zeca Martins – Editora Novo Livro – São Paulo (2013).

“Mosaicos” é a porteira intelectual do multifacetado "mundo da ironia, da crítica e do insólito", o humor repaginado e explorado pelo Rubinho BORTOTO, o mais ilustre PHD da "Universidade dos Infortúnios Humanos"- UNINHUMA.

 

UNINHUMA - Rubinho BORTOTO  

UNINHUMA - “Universidade dos Infortúnios Humanos”, página que vimos no 
FACEBOOK, nos sugeriu uma estrutura para o humor do Rubinho BORTOTO, que, entretanto, nega o uso de uma estrutura para  o seu humor (seus escritos), onde, primordialmente, vemos um TRIBUTO ao sentido das palavras, na expressão de um “estado de coisas”.
 
Confira um pouco do seu humor. 

Frases e Pensamentos do Hermano Menezes (técnico de futebol)

- "Conversamos muito com os jogadores, analisamos cada episódio das passagens que tivemos na quarta-feira. O mais importante é que temos confiança mútua para continuar. E por isso vamos continuar".

PÔ! CONTINUAR, COMO? FOMOS ELIMINADOS, SEU BESTA!

-  "Eu só pedi demissão uma vez na vida e foi em caráter excepcional. Não sou disso. Não vou fugir da responsabilidade. No mínimo até o final do ano".
 
- QUE SACO! QUER MAIS DOIS MESES DE SALÁRIO, PRA AFUNDAR, MAIS AINDA O CORINTHIANS? LEMBRA-SE DO QUE VOCÊ FEZ COM O FLAMENGO?
 

Frases pouco felizes (um infortúnio bem humano) – (Mosaicos - pág. 75)

“Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez. Se o Piauí deixar de existir, ninguém vai ficar chateado”.

Presidente da Philips, em insensata entrevista ao jornal Valor Econômico, estranhamente ignorada pela diplomacia do nosso País!


 



 
 
 
 Resumindo
 

 


Rubinho Bortoto apresenta o destaque de um “estado de coisas”, expressando,
de forma natural e simples, a essência de argumentos que levam para a
ironia, a crítica e o insólito do fechamento de seus textos.

Agradeço ao amigo Rubinho Bortoto a permissão para uso do título
UNINHUMA (Universidade dos Infortúnios Humanos), em postagens que passaremos a publicar neste blog Confrarias do Riso.


(José Nagado – 02.08.2015)

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Crônica - MULHER DE LADRÃO (J N - abril.2001)








Crônica Policial ou Política?


A "Lava Jato" continua a provocar danos no Partido dos Trabalhadores.
A prisão de José Dirceu , dia (03.08.2015), feita em caráter preventivo, tem a finalidade de "interromper o ciclo delitivo", dentro de um contexto de "criminalidade desenvolvida de forma habitual, profissional e sofisticada" (juiz Sergio Moro).
Nos bastidores do Partido dos Trabalhadores, já estão apostando que seu ex-grande líder, José Dirceu, irá cumprir aquilo que diz a Tribuna da Internet:

O Lula traiu Dirceu. Este vai se vingar fazendo delação premiada e entregando o Lularápio.


DELAÇÃO PREMIADA (4 de agosto de 2015)


"...A única alternativa para (José Dirceu) ter um resto de vida ao lado da família é fazer a delação premiada, com a qual já até ameaçou Lula e Dilma, no dia 4 de junho, quando mandou vazar aos jornalistas a explosiva frase “eu, Lula e Dilma estamos no mesmo saco”.

Entrando nesse ambiente policialesco ,  lembrei-me desta crônica que escrevi em 2001, que leva para o  viés da da traição e da vingança, a solução de desfeitas, PÚBLICAS, do parceiro  traidor. Assim, a vingança contra o Lula, estaria sendo preparada pela  Galega ou pela companheira Rose, sócia (laranja?) de patrimônio do ex-presidente, em terras lusitanas. 

Um amigo, (alô Carlos J.), que faz com precisão suas análises políticas diz:
"Pessoalmente acredito que Lulla só irá cair por uma delação direta dos empreiteiros, ou mais a frente numa investigação sobre o BNDES".












MULHER DE LADRÃO


 


Um casal de portugueses comprava verduras e legumes no CEASA e levava para vender em uma rua próxima ao mercado Municipal. Lá havia muitos desses pequenos comerciantes e cada um tinha o seu lugar na calçada. Um dia vi o Manuel (ou Joaquim) gritar:


 


“O Maria, vem cá ajudar-me a xingar o gajo que está querendo roubar o nosso lugar aqui na rua”.


 


A dona Maria veio correndo com o bule de café que fora comprar no bar da esquina e passou a lançar impropérios ao gajo, que por conveniência, já tinha tirado sua mercadoria do lugar reclamado.


 


Essa situação mostrava uma cumplicidade quase cômica do casal, na dura luta pela vida. Pela aparência deles, já deveriam ter mais de vinte anos de convivência. Talvez o Joaquim (ou Manuel), nem precisasse realmente dos xingamentos da Maria.


 


A Amélia “a mulher de verdade”, que passava fome ao lado do seu homem e achava bonito não ter o que comer, cantada por Ataulfo Alves naquele antigo samba, era uma pobre coitada. Mas era cúmplice do seu homem, no seu mundo de pobreza. 


 


Se essa mulher era castigada pela fome, outra apanhava de verdade. A “mulher do malandro”, que diziam, até gostava de apanhar. Não reclamava na polícia e nem tinha a delegacia da mulher para onde levar suas queixas. Também era cúmplice do seu homem.


 


Cumplicidade, teu nome é mulher. O “Poderoso Chefão” sabia disso, mostra o filme, e mandou castigar seu genro quando descobriu que sua filha havia apanhado dele. As mulheres e filhos (enquanto pequenos) da grande família da Máfia, segundo a romântica história que nos é contada através desse e de outros tantos filmes, eram mantidos inocentes no mundo de crimes dessa “honorabile societá”.


 


Quantos segredos e crimes sórdidos têm sido ocultados, em nome dessa cumplicidade, por mulheres ligadas a homens truculentos, violentos, perversos ou desonestos, que a sociedade teima em vê-las apenas como vítimas de um amor verdadeiro ou do temor de ter um lar destruído? Ou pelo temor da perda de uma situação confortável que, afinal, esse homem lhe dá?


 


Mas porque estou eu a falar das mulheres com esse ranço de machismo, quando a situação poderia muito bem ser invertida? Há homens que apanham de suas mulheres e mulheres que se enviesam por atividades desonestas também sob às vistas complacentes ou cúmplice de seus homens. Por enquanto, mesmo contrariando feministas e mulheres independentes e modernas de hoje, o que vemos na televisão, revistas e jornais, é essa visão da mulher vítima, mesmo que a mulher seja mais do que cúmplice das truculências do homem.


Bem, essa situação pode perdurar enquanto houver alguma harmonia entre o casal ou enquanto não houver interferência de alguém, que pode ser um parente ou pessoa que conheça as mazelas da família.


 


Veja-se, como exemplo, o caso que nos brindou a mídia, mostrando toda a realidade de uma ex-Primeira dama da cidade de São Paulo, que nunca lhe reconheceu méritos e perfil para tanto. Permaneceu caladinha, cúmplice, enquanto o desonesto e ímprobo marido não lhe negava os recursos para sustentar suas mordomias e os regalos e vícios de um dos filhos do casal. Cúmplice também, como não. Um dia botou a boca no trombone, revelando mil sujeiras do marido, através de uma revista de grande circulação.


 


A mídia é muito importante para jogar cocô no ventilador. De outra feita, já faz alguns anos, foi o irmão da mulher o responsável pela vendeta. Era um presidente o homem. O caso PC, que envolveu o posteriormente cassado presidente Collor, foi desvendado a partir das denúncias do irmão Pedro, que a cumplicidade da mulher do presidente não permitiu denunciar.  Falam as más línguas, que essa mulher não tinha inteligência suficiente para entender o que estava acontecendo. Uma atenuante para sua cumplicidade.


 


Num caso mais recente, a procuradoria da República finalmente entendeu por bem acusar a mulher do ladrão cognominado Lalau pela mídia. Para que ninguém se esqueça, era Juiz Regional do Trabalho. Neste caso, um ex-genro, afastado legalmente das benesses do ex-sogro, que se apropriou do dinheiro público com outros comparsas, foi quem iniciou a história. Quando apareceu na mídia, deu a impressão de alguém que se viu prejudicado por não ter levado a sua parte em dinheiro e magoado por ter sido abandonado pela própria ex-mulher. Foi o chamado “Quero o Meu”. 


 


Quando vi pela TV a mulher e suas filhas, indo ao local onde o marido (ex-juiz) ficou preso, imaginei comigo, como se sentiriam aquelas elegantes e discretas mulheres, que certamente sabiam que os bens e o conforto que desfrutavam provinham de dinheiro desviado da construção do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo. 


 


Para encerrar essa história de cumplicidade da mulher, parece que O Tigrão, aquele personagem caracterizado pela música Funk, agarrando cada uma de suas mulheres pelo cabelo e batendo na cara delas enquanto elas dizem que “Um tapinha não dói”, está começando a levar suas pancadas pelas pessoas de bom senso. Mulher de malandro ou de ladrão vai deixar de ser cúmplice sem culpa ou uma Amélia que merece pena. 


 


José Nagado – 14/04/01.