UNINHUMA – 01.2015
- Mensalão e Petrolão....
DEFENESTRADOS
(http://licburlesco.blogspot.com/2015/02/cronica-defenestrados-07032001.html) crônica de (07.03.2001), lembra
o episódio recente (1992) na história do Brasil, que foi o Impeachment do
Presidente Collor, primeiro Presidente eleito (1989) pelo voto direto, após o
regime militar (1964-1984).
As manifestações
de hoje, dia 16.08.2015, no Brasil inteiro, pelo impeachment da PRESIDENTA
DILMA nos encheram de esperanças, mais uma vez. Fiz meu solitário protesto na
Avenida Paulista, até as 16 horas e agora escrevo este post.
A UNINHUMA,
do brasileiro honesto, estupefato, vê que o Mensalão e a corrupção na Petrobras, estão identificados como frutos da mesma organização criminosa.
Sob o título "Da mesma árvore", José Casado (O Globo) nos propicia um texto sobre um “estado de coisas” terrificante neste país, em pleno século XXI. Veja o texto“Da mesma árvore” , por José Casado, O Globo
noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2015/08/da-mesma-arvore.html
UNINHUMA procura captar, no relato insólito da armação contada por José Casado, a imagem cômica da participação de personagens nominalmente citadas ou reconhecidas no ambiente em que o episódio é contado.
Palácio do Planalto, janeiro de 2003.
Lula degusta a primeira semana no poder, em
conversa com os ministros José Dirceu (Casa Civil), Antônio Palocci (Fazenda) e
Miro Teixeira (Comunicações).
Preocupam-se com o novo
Congresso, que toma posse no mês seguinte. Lulla chegou à Presidência com 52
milhões de votos, mas o PT não conseguiu ir além dos 18% das (504) cadeiras na
Câmara, com 91 deputados federais.
Discute-se “como é que se organiza” a maioria
no Legislativo. O Zé sai na frente com a sua proposta, que deveria dominar o
“Congresso burguês”, numa evocação aos “300 picaretas”, que Lula (1993) usara
ao se referir à maioria dos parlamentares federais.
Era este o ambiente no cerne de um partido político que inicia seu mandato.
“Lulla escuta, sorridente, a ideia de usar
cargos com fatias do orçamento do governo e das EMPRESAS ESTATAIS, para compor
a “maior base parlamentar do Ocidente”.
Palocci e Miro em oposição, sugerem alianças
a partir de projetos específicos — a começar pelo “ajuste fiscal” —, até para
atrair parte da oposição, o PSDB de Fernando Henrique Cardoso, sociólogo que
exibia o orgulho de ter passado a faixa presidencial ao operário transformado
em símbolo da democracia industrial brasileira.
Palocci e Miro insistem. Acabam atropelados.
A proposta de Dirceu escondia e mistificava,
tanto quanto revelava, coisas que o deputado líder do PTB, Roberto Jefferson,
iria revelar em junho de 2005, à CPMI dos Correios. Essas revelações deram curso ao que se chamou de Mensalão.
Em 14/09/2010 ·morre o ex-deputado José
Janene, ex-líder do PP, um
dos réus do esquema do Mensalão.
A operação Lava Jato da Polícia Federal,
lançada em 17 de março de 2014, confirmou que a Petrobrás teve suas diretorias divididas
entre partidos políticos, no esquema de corrupção que se denominou Petrolão. A
Petrobras foi partilhada pelo PT de Dirceu, e Janene, do PP, logo partilhada também
por líderes do PMDB.
O juiz Federal Sergio Moro é o grande “hoteleiro”
dos políticos e empresários participantes desse fabuloso esquema de corrupção.
Dirceu, já condenado e preso pelo seu
envolvimento no Mensalão, havia entrado com pedido de habeas corpus para evitar
nova prisão, desta feita pelo envolvimento no Petrolão. Resultado: o Juiz Moro não se fez de rogado.
Dirceu foi preso novamente em 03.08.2015.
O Mensalão e a Rádio FM
A história sugere ter havido intensa romaria
ao quarto andar do Planalto, onde o secretário-geral do PT Silvio Pereira e o
tesoureiro do partido Delúbio Soares loteavam cargos entre aliados. Dirceu
homologava, auxiliado por Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, mais
conhecido como “FM”. Certos “romeiros” ficaram conhecidos no Congresso por ouvirem muita rádio ‘FM’ no Planalto (kkkk).
(o eficiente auxiliar do Dirceu, o “mui amigo FM” também foi preso pela operação Lava Jato, no dia 03.08.15).
(josé nagado – 17.08.2015)