EM FOCO : QUADROS&HAICAIS – COLETÂNEA
Introdução
Em “Haicais e o Burlesco”:http://licburlesco.blogspot.com/2012/07/haicais-e-o-burlesco-introducao.html
) uma rápida exposição sobre a origem e características básicas do haicai
evidenciou um público interessado nesse poema de origem japonesa. Isto serviu
de estímulo para publicar a coletânea “Quadros & Haicais”,
citada naquela postagem. Os haicais postados em “Haicais e o Burlesco” eram independentes
de qualquer manifestação em relação ao Haicai
tradicional e além disso, o
texto sugeria plena aprovação ao
estilo do haicai do Millor Fernandes.
A apresentação (link:http://licburlesco.blogspot.com/2013/10/lancamento-de-quadrose-haicais-quadros.html), extraída da coletânea “Quadros e Haicais”,
expõe contextos e reflexões do autor para a realização dos Quadros e também uma
forma não convencional (ou tradicional) de composição de Haicais que acompanham
os quadros.
Comentários
Embora grupos
de haicaistas que se esforçam por manter o haicai tradicional criticassem
essa posição, os comentários recebidos assumem
uma agradável cumplicidade em relação à Coletânea e assim entendemos ser
oportuno trazer alguns desses depoimentos sobre a forma não tradicional dos
haicais mostrados nesse trabalho.
Comentários
recebidos de:
aaaa@xxxx.yyyy.br
>” ...Achei interessante também a referência à fôrma poética dos Haikais (haicais). Tive, inclusive, haikais meus selecionados num concurso promovido por uma editora do Rio de Janeiro, a Guemanisse, e foram publicados na antologia PALAVRAS DINÂMICAS, organizada por Clarisse Maria - Guedes.
>” ...Achei interessante também a referência à fôrma poética dos Haikais (haicais). Tive, inclusive, haikais meus selecionados num concurso promovido por uma editora do Rio de Janeiro, a Guemanisse, e foram publicados na antologia PALAVRAS DINÂMICAS, organizada por Clarisse Maria - Guedes.
Nas instruções para
elaboração dos haikais, estavam explícitas as regras para construção do haikai:
poemas de três versos, primeiro e terceiro versos como redondilhas menores;
segundo verso com redondilha maior; o primeiro verso rimando com o último, e última
sílaba do primeiro verso rimando com segunda sílaba do segundo;e segunda sílaba
do segundo verso rimando com última sílaba do segundo verso.
Bom, claro, que segui as
instruções, mas observei que outros haikais que li não obedecem a essas regras.
Inclusive os do saudoso Millor Fernandes. Mas sabemos que, depois da chegada do
Modernismo, a poesia deixou de ter regras,valendo apenas o aspecto sonoro, o
sentimento produzido...Gostaria de ver sua opinião sobre o assunto. “
Abraço. Chamadoira
Abraço. Chamadoira
Comentários recebidos de:
From:jcneves45@yahoo.com.br
...Quanto a possíveis críticas dos apreciadores do haicai tradicional, entendo que não deves preocupar-te muito com eles. O importante na literatura, na música ou em qualquer tipo de arte, não é manter ou mostrá-la em seu estado mais puro, mas sim que elas cheguem ao maior número possível de pessoas. Os demasiado puristas terminam por privatizar e encarcerar para si a multi-expressão da sensibilidade humana. A exteriorização da criatividade não precisa seguir um rígido e único caminho. A poesia não é engenharia, nem física, nem química, nem qualquer expressão matemática que necessite de absoluta precisão para ser correta. A literatura - e nela a poesia - assim como a música e as artes plásticas têm apenas que tocar a alma de quem as cria e as contempla, porque elas representam o BELO, e este não pode ser apenas uma prorrogativa dos puristas, dos eruditos, mas sim da humanidade. A rigidez e os segredos da criação de algum tipo arte, condenam esta ao ostracismo, e não sobrevive ao seu autor. ..Obrigado ... e abraços - JC - 22/07/12
Extendendo os comentários sobre os haicais,
vistos como gênero literário, um deles alerta a necessidade de cuidados quanto
a escansão e contagem de sílabas na composição dos poemetos.
O amigo Luiz Roberto comenta, no blog :
Luiz Roberto (14.11.2013)
“Fui surpreendido pela qualidade simples das composições. Não
tenho conhecimento suficiente para julgar a qualidade artística, mas causou-me
muito boa impressão o conjunto de imagens e hai-cais. em “QUADROS E HAICAIS” - uma Coletânea”
Nagado (em 04.12.2013) reflete sobre a dialética empregada pelo amigo
Luiz Roberto:
Uma tese (qualidade simples das composições), uma antítese sofisticada (não tenho conhecimento para julgar a
qualidade artística) e uma síntese
genial (causou-me muito boa impressão o conjunto de imagens e hai-cais).
Obrigado, Luiz Roberto. (47 anos de amizade, acreditem!) em “QUADROS E HAICAIS” - uma Coletânea
Conforme nos propomos : Eliminado
o artificialismo, ostentações técnicas, julgamentos preconceituosos, e
sentimentalismo vazio preconizados pelo Haicai, fica o conceito básico de que o
Haicai “É antes a
arte de, com o mínimo, dizer o suficiente”.
Os Quadros e Haicais dessa
tríade fixam a transitoriedade das coisas (o ritual da cidade, as sombras das
casas, a Igreja desaparecida, as águas do rio, a sensação do observador , etc).e essa perspectiva pode ser estendida
a toda a Coletânea.
Comentários finais do
autor
A coletânea “QUADROS
& HAICAIS” composta entre os anos 2001 e 2003, ficou sob suspeita de
Imaturidade renitente no decorrer dos “cinquenta anos”
(até 2005), adquirindo espaço na verve da terceira idade precoce, a
partir dos “sessenta anos” do autor.
O “amador-ecimento”
tardiamente revisto (2013) nos Quadros & Haicais cometidos nos
permitiu dizer:
- A coletânea
apresenta fidelidade temática e estética com o objetivo pretendido.
- Contextualizações
temporais e concisas envolvem a temática e a estética de cada Quadro.
- O haicai não se
apega ao texto e procura a concisão no próprio quadro : “é
antes a arte de, com o mínimo, dizer o suficiente”.
(josé nagado – 31.12.2013)
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NAGADO DESEJAUM 2014 MARAVILHOSO
E UM GRANDE ABRAÇO A TODOS