FILÓSOFOS E O BURLESCO
“Uma pessoa revela o próprio caráter por sua reação a uma piada”.
O aforismo acima, de Georg Christoph Lichtenberg (1742-1799) suscitou a curiosidade e toda
a nossa pesquisa em torno do humor.
Lichtenberg ou “Licht” como o chamaremos, físico, matemático e astrônomo alemão, se é que fez alguma descoberta
importante nesses campos do conhecimento, não sabemos. Só se sabe que estava
muito à frente de sua época (séc. XVIII) como revelam aforismos seus, que antecipam pensadores como
Nietzsche (1844-1900).
Os aforismos de Licht (o aforista do iluminismo) identificam-no como o filósofo
do Burlesco e os leitores e filósofos irão concordar comigo sobre isto. Esta é a minha opinião.
Gráfico - “Fundamentos x Condicionamentos”
Tal aforismo
levou-nos a desenhar um gráfico
representando as diferentes associações de Fundamentos e Condicionamentos que
identificam uma piada e sua reação, considerando-se
o caráter do indivíduo, das quais derivam as primeiras idéias (2005) sobre as
categorias e estilos do Burlesco. O gráfico é explicado e mostrado no início do
Capítulo 3 – Estrutura - o gerador de estilos do Burlesco.
Filósofos
O uso de axiomas de natureza filosófica e de aforismos
deixados por filósofos como Nietzsche, Ferdinand Saussure, Wittgenstein,
Bérgson e outros podem levar o leitor a creditar
ao texto uma consistência maior do que nos garantem os conceitos do Burlesco. O Burlesco apresenta um resumo das
teorias e Filósofos abordados de alguma forma no texto, pesquisado em uma bibliografia relativamente
extensa em busca dos temas sugeridos pelas citações e
analisadas no gráfico acima mencionado.
A complexidade das teorias dos filósofos nunca tirou – me o sono e pelo contrário, forneceu diversas alternativas para
interpretar o sorriso do bicho homem.
A
seguir, alguns dos filósofos citados no Burlesco.
Nietzche, Friedrich Wilhelm - (1844-1900)
“Assim
falou Zaratustra“
Citado
em diversos pontos do Burlesco.
Saussure, Ferdinand - (1857-1913).
Iniciador do Estruturalismo junto com Claude
Lévi-Strauss e Roland Barthes (França
1915 -1980) entre outros. Não vá o leitor imaginar que aproveitamos idéias do seu livro (1880) de defesa da tese de doutorado “Sobre o
Emprego do Genitivo Absoluto em Sânscrito”, mas sim aproveitamos muita coisa do
Estruturalismo.
Henry Bérgson (1859-1941)
“O Riso – Ensaio sobre a significação do Cômico (1900)”
Talvez a melhor referência para quem quiser entender de
humor.
Wittgenstein, Ludwig Josef Johann (1889 – 1951) –
Austríaco/Viena
“Tractatus
Logico-Philosophicus”
Incrível! Tentei ler esse livro.
Atenção
Para não dar motivos a perguntas imbecis tais como o que vem a ser metafísica, ontologia,
epistemologia, positivismo, etc, JAMAIS diga que leu livros desses e outros filósofos citados.
(j_nagado
– 30.05.2012)