CATEGORIAS E ESTILOS DO BURLESCO - GOZADOR
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A postagem inicial sobre esta categoria foi
feita no dia 09.05.2012
Este e os demais estilos foram analisados e
modelados através de uma estrutura especialmente criada para a geração do
Burlesco.
O estilo Bizarro
O vídeo de uma cerveja (X) Argentina com um título
por si só bastante sugestivo: “O que sabe, sabe!”, nos ajudou a identificar o estilo Bizarro, no personagem que deveria
mostrar que “o que sabe bebe a cerveja X”.
O indivíduo de estilo Bizarro chama a atenção
para determinadas atitudes, aparências e
manifestações exteriores que nos lembram
as maneiras do histrião, personagem que representava farsas da comédia, peça teatral
de baixa e exagerada comicidade, irreverente e burlesca, identificadas pelo
caráter, que integram fundamentos e tendências particularmente convenientes
para ele.
O estilo bizarro é característico do indivíduo
que busca de todas as maneiras chamar a atenção para si, com a intenção de manipular as pessoas que o
rodeiam. Este indivíduo geralmente apresenta oscilações emocionais abruptas em
seus relacionamentos sociais, ocupacionais ou profissionais, e quando isso
acontece é levado a uma teatralidade, emotividade excessiva e comportamentos
ridículos, que representam o padrão do estilo bizarro, muitas vezes
atribuído ao adulto, do qual suprimiram seu objeto de sedução. (um deles se
vestia muito elegantemente para que fosse “visto” pela voluptuosa boneca de
plástico, solução para seus problemas afetivos!)
Vejamos o desenvolvimento dessa
peça.
Três jovens (argentinos, claro!)
conversam e tomam cerveja num “pub”
quando um deles toma seu último gole naquele copo triplo de cerveja e se despede jogando no pescoço um par de
sapatilhas de balé!!
No caminho, grupos de “punks”
olham desconfiados do rapaz com sapatilhas de balé penduradas no pescoço. Deve-se
lembrar que a cerveja (X) é um produto
argentino, aquele povo que acha que é mais macho que o resto do mundo.
A curiosidade dos outros dois rapazes os leva a segui-lo e
acabam por chegar até uma academia de balé, onde observaram seu amigo participar
de uma aula com outras belas garotas. Seus amigos “voyeurs” invejaram o gozo
do rapaz enquanto ele saboreava as visões das formas femininas e delícias do
contato proporcionadas por aquelas garotas.
Resumindo, apesar do preconceito que
envolve qualquer rapaz que faça balé, a peça promocional da cerveja
conseguiu mudar favoravelmente o
julgamento crítico que os dois jovens poderiam fazer a esse amigo desprendido, antepondo um comportamento superficialmente
delicado a uma realidade certamente masculina
quanto à escolha da cerveja (“o que sabe, sabe”) além de provar, de forma bizarra, que
“MACHO QUE É MACHO FAZ BALÉ !!!!”
A propaganda nos leva ao Princípio de Razão
Suficiente, segundo Leibnitz – “Não há que não tenha uma razão de ser ou
existir”, ou Kant – “Tudo o que existe tem uma razão de ser”, mostrando com
muita sutileza que o rapaz utiliza a Razão como a faculdade de conhecer o real
por oposição ao que é aparente ou acidental, outra visão filosófica desse
princípio.
(continua na próxima postagem)
(j_nagado – 24.05.2012)
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