CATEGORIAS E ESTILOS DO BURLESCO - GOZADOR
(2)
A postagem inicial sobre esta categoria foi
feita no dia 09.05.2012
Categoria Gozador –
estilo Bizarro (cont.)
O texto do Burlesco reflete
uma diferença entre o estilo (3) Emergente Ativista que se destaca por abraçar uma causa (ainda
que errada) do contexto (“para que fazemos isso”), e o estilo (4) Bizarro que
procura tirar proveito, certamente
egoísta, do contexto (“porque chegamos a isso”). O sentido do bizarro é explicado a seguir.
Porque chegamos a isso
O escritor, poeta e
teatrólogo irlandês Oscar Wilde (1856
-1900), ratificou de forma mordaz e
picante esta última afirmação, ao considerar as mensagens que as pessoas transmitem ao público, quer tenham
consciência disso ou não, ao dizer: “Apenas as pessoas superficiais não julgam
pelas aparências”.
Nesse contexto o indivíduo opera
uma mudança de perspectiva para levar
as pessoas a acreditarem como fato
natural, falsas evidências que o estilo
Bizarro construiu para si.
Isto é, nada é mais natural que um argentino fazer balé, mascarando realidades (o pressuposto
hedonista de que não estaria lá, se não fosse pelo prazer) e neste sentido,
alterando sua verdade histórica, neste caso, a dissimulação do amor próprio e a exposição de uma aparência
que lhe permitisse “Ficar
desobrigado da necessidade de experimentar sentimentos penosos”.
Este é um recurso que integra o discurso ideológico do Bizarro, com a negação do senso comum de que “homem que faz balé é gay”, que está na cabeça das pessoas.
Para convencer do valor estético da propaganda, a peça
mostra na aula de balé apenas o comportamento voluptuoso de um indivíduo alienado do querer, dever, poder e saber, o
quê atenua aquele julgamento crítico do público.
No final, a peça omite sutilmente a reação do indivíduo perante a revelação, penosa a seus estupefatos amigos, e mostra a demonstração vencedora do gozador Bizarro,
que com um gesto decidido toma a garrafa da cerveja (X) do amigo mais
próximo. O nome da cerveja (X) bem visível e a expressão “puro malte – pura
cerveja”, associam a agressividade da
marca e o respeito exigido por “quem
sabe”.
(crédito: Vídeo enviado pela CONFRARIAS DO RISO - Humor do Takawo - 2010)
(j_nagado –
24.05.2012)
Nenhum comentário:
Postar um comentário