Cassio Carvalheiro

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

2.4.1 REVENDO COMPORTAMENTOS – cont. h)Cultura


h)Cultura
Franz Boas – (1858 – 1942) – Prússia (atual Alemanha) - sociologia-antropologia

Nascido em família judia, entrou para a universidade como estudante de física. em 1877, porém mais tarde tornou-se geógrafo, até finalmente decidir-se pela  etnografia,  onde embora tenha feito estudos de craniologia  não se dedicou    a  antropologia física  e sim a antropologia cultural (abordagem de  questões folcloristas).
A escola boasiana postulava uma etnologia baseada na história dos povos, citada frequentemente como "particularismo histórico". Aqui, uma critica a Boas, a ironia desse “particularismo”, que aviltava sua possibilidade de teorização sobre a humanidade e a cultura como um todo.
Mesmo condenado dessa forma,  seu legado seria mais justo com a denominação de "historicismo cultural", através do qual a história deveria mostrar-se isenta de pré-noções e pré-conceitos.  E para isso, seria necessário conhecer a história dos povos a partir dos informantes das respectivas histórias particulares do passado daquela cultura. Queria uma história baseada nos fatos e era contra as grandes teorias históricas.
Boas criticou os determinismos biológicos e geográficos, além da crença no evolucionismo cultural. Foi contemporâneo de Emile Durkhein, para quem  “a  cultura modela a natureza humana e não o contrário”.
Margaret Mead e Ruth Benedict alunas de Boas, expoentes na antropologia norte americana fundaram a linha de pensamento boasiana chamada "Cultura e Personalidade", aproximando psicologia e cultura. Acreditava-se que para estudar a cultura teria que se olhar também como cada indivíduo age na sociedade,  teoria  nada simpática às concepções de Durkheim.
Franz Boas fez severas críticas aos antropólogos simpáticos ao método evolucionista, em evidência na época, que tentavam descobrir leis gerais contemplando estágios evolutivos em que todas as sociedades passariam, necessariamente.
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Boas cria o conceito plural de Culturas, em que cada uma delas tem sua própria história; contrapondo com o pensamento evolucionista que concebia uma cultura humana universal.. O objetivo da pesquisa antropológica de Boas  seria compreender os fenômenos dessas culturas particulares, o sentido que os elementos de cada cultura tem para seus membros, e não estabelecer leis gerais, como pensavam os evolucionistas. É importante ressaltar que os evolucionistas não eram necessariamente racistas, mas eram apenas etnocêntricos, visto que admitiam o "selvagem" como etapa de sua própria linha evolutiva".
Relativismo cultural talvez seja uma boa justificativa para diversas ideologias, algumas cruéis, que se encontram por aí.  (j_nagado - 10.02.2012) 

2 comentários:

  1. Muito interessante, Nagado! e nada similar mesmo... Vai em frente, e gostei muito do nome Burlesco. Parabéns e sucesso! - abr, Loire

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  2. Gostei tanto que já divulguei o seu blog aos amigos do facebook e aos colegas cespeanos, através do Grupo SDS. abraço, Loire

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