B&F
- 005.2013 – “CRICA” E A DIALÉTICA DA ALTERIDADE (HEGEL)-4
Vejamos
algumas situações onde a lógica e
familiaridade (senso comum) são substituídas pela hipostasia e exaltação, elementos inerentes à relação entre o Crica e a Dialética da Alteridade.
O
Crica em grande escala. (de “Crica”)
A
vítima do Crica é alguém especialmente escolhida por ele, mas pode também atuar
com grande eficiência sobre pequenos
grupos ainda desprevenidos contra sua
ação. O Crica que se manifesta para um grande público, ou como denominamos, o
Crica em grande escala, existe e tem suas peculiaridades, de acordo com a área
em que atuam. Vamos citar o caso de um craque do futebol, um verdadeiro craque Crica, que passou a
Craca do Futebol, para dar um exemplo de atuação do Crica em grande escala.
Os
que apreciam o futebol conhecem diversos casos de jogadores de futebol que se
intitularam “atletas de Cristo” até serem desmascarados, apanhados no campo ou
fora dele, cometendo atos pouco condizentes com aquilo que pregavam.
Um
deles, de tanto se dizer “Atleta de
Cristo”, criou na sua própria torcida e nas torcidas adversárias, a imagem do
super crica (diferente de super craque). A comemoração de cada gol seu, era uma
maneira de chamar a atenção das câmaras da TV para a sua pessoa, com seus
gestos exagerados de devoção e agradecimentos a Deus. Era tudo pura hipocrisia,
que deixava raivosa a torcida adversária e a própria torcida, desconfiada. Todos
sabiam que a qualquer hora ele cairia em desgraça. Era só esperar. E isso
aconteceu num jogo do campeonato brasileiro, quando errou um pênalti decisivo.
Outro
Crica em grande escala se encontra na política, onde os sentimentos de indignação são provocados
por homens que ocupam cargos políticos e
demonstram total desprezo em relação à opinião pública e à inteligência do
povo. Como se explica isso?
Uma
dessas explicações foi dada por Machiaveli, Niccolo (1467 – 1527), cuja doutrina se baseava na independência da
política em relação à moral e segundo o princípio de que “os fins justificam os
meios”. O Crica Maquiavélico, em sua individualidade final, apresenta uma das
matizes psicológicas, que corresponde ao domínio do próximo pelo poder,
intimidação ou astúcia.
O
livro “O Poder de Mau humor”, de Ruy Castro é rico em frases ditas por homens
públicos que atestam essas palavras. Veja alguns exemplos:
Pg.
31 – “É dando que se recebe”. (Roberto Cardoso Alves)
Pg.
142 - “Todo povo é uma besta que se deixa levar pelo cabresto”.
(João
Batista Figueiredo)
O Crica
do gênero político que mesmo após ter sido desmascarado (filmado botando o
dinheiro da corrupção nas meias, ou com as cuecas cheias de dólares) consegue mostrar uma notável “cara de pau”, exibindo a face ignominiosa do
poder. Acostumado à impunidade e livre
para mascarar a verdade, vem a público
sugerir que são probos e outros é que fazem o trabalho sujo. Normalmente esse tipo de Crica exagera em
suas virtudes, tentando esconder maracutaias tanto na sua vida particular como
na vida pública. Um deles justificava o dinheiro sujo que recebia (escondia) alegando que era “para
comprar panetones para os pobres”, ou
que “eram pagamento da venda de produtos agrícolas de sua fazenda”, etc. Estes
são Cricas que fazem o povo ficar indignado e alguns até a ferver de raiva. (Já
vimos esse filme várias vezes)
Ainda
do Livro do Ruy Castro, na página 89, encontra-se esta pérola que justifica o
fato de os Cricas políticos não serem condenados.
“Cada
um de nós ferve a uma diferente temperatura”. (Ralph Waldo Emerson -1803-1882,
poeta e ensaista americano”).
Protestos nas ruas – junho 2013a
O brasileiro percebeu a incongruência entre os despautérios do Governo e as reais demandas do povo. Se estamos protestando agora, o mundo inteligente lá no exterior já vem dando gargalhadas faz bastante tempo, frente à situação vergonhosa a que Lula, Dilma e PT vem submetendo quase 200 milhões de brasileiros.
Para encerrar, com relação aos recentes protestos contra o Governo nas ruas, o leitor Rubens Stamato (rubensstamatojr@terra.com.br) teceu o seguinte comentário na seção FÓRUM OESP de 24.06.2013,: “Devemos é agradecer a Lula, Dilma e ao PT por terem despertado o povo de seu longo estado de sonolência.” (Rubens, obrigado!)
O brasileiro percebeu a incongruência entre os despautérios do Governo e as reais demandas do povo. Se estamos protestando agora, o mundo inteligente lá no exterior já vem dando gargalhadas faz bastante tempo, frente à situação vergonhosa a que Lula, Dilma e PT vem submetendo quase 200 milhões de brasileiros.
Para encerrar, com relação aos recentes protestos contra o Governo nas ruas, o leitor Rubens Stamato (rubensstamatojr@terra.com.br) teceu o seguinte comentário na seção FÓRUM OESP de 24.06.2013,: “Devemos é agradecer a Lula, Dilma e ao PT por terem despertado o povo de seu longo estado de sonolência.” (Rubens, obrigado!)
(José Nagado –
01.07.2013)
Diante de tantos (as) "cricas", não posso deixar de lembrar o discurso - se é que se pode chamar de discurso - da presidentA Dilma, na recepção do Papa Francisco. Inoportuna e com soberba, querendo puxar para si e para seus aliados fluminenses (Governador e Prefeito)o bom momento da visita Papal, dizendo que o movimento das ruas foram em decorrência dos "avanços dos últimos 10 anos"!! É demais para minha cabeça!!
ResponderExcluirCrica mesmo!!!!!
Caro Nicanor
ResponderExcluirEscrever um Blog torna-se uma atividade estimulante quando recebo comentários tão preci(o)sos como o seu, dando-nos a certeza de que nossos leitores foram submetidos a um texto amigável, isto é, contendo todos os elementos necessários para a sua compreensão.
Seu comentário, ao mesmo tempo em que revela mais um exemplo de atitude “Crica” da presidentA Dilma, reforça a validade do nosso texto – “Crica e a Dialética da Alteridade”.
Nossos agradecimentos ao Rubens (Forum-OESP) e Nicanor (C.R. SAIL, e blog http://freitasnet.blogspot.com)
José Nagado (07.10.2013)