Cassio Carvalheiro

quarta-feira, 3 de julho de 2013

B&F - 005.2013 – “CRICA” E A DIALÉTICA DA ALTERIDADE(HEGEL) - 3

B&F - 005.2013 – “CRICA” E A DIALÉTICA DA ALTERIDADE(HEGEL) - 3  
8.  Hipostasia – (v. Burlesco  – modelo Estrutural)
“Crica” é o estilo mais complexo dentro da galeria de estilos prospectada, pela dificuldade que encontramos de perceber, apreciar ou expressar o sentido burlesco   neste estilo. E também, que é necessário ter muita disposição de espírito para considerar benevolamente  o Crica apenas  como um gozador, conforme  exposição a seguir.

Integração (extrato de “Crica”)
A integração do estilo do  indivíduo Crica, merece algumas observações considerando-se a estrutura do Burlesco baseada  nos Fundamentos (princípios) que determinam  seu controle de relacionamentos e situações:
A primeira observação, e que reafirma o caráter secretivo do psiquismo do Crica, é a sua propensão natural de usar a hipóstase, que em Filosofia significa ficção ou abstração falsamente considerada como real e que em Medicina, refere-se a depósito ou sedimento de matéria orgânica, popularmente chamado de sarro, que no brasileiro chulo, significa bolinagem. (“tirar um sarro”) e também, escarnecer, debochar, fazer zombaria (“tirar sarro com a cara de alguém”).
A segunda observação deve-se ao fato de que o Crica em nenhum momento irá procurar “Posicionar favoravelmente o julgamento crítico do interlocutor”, seja por arrogância, estupidez ou qualquer outro elemento mórbido (e / ou macabro) de seu psiquismo.
A terceira observação a ser feita, decorrente da segunda observação, é que o   estilo Crica prescinde naturalmente de  protocolos lógicos (princípios de Identidade, Contradição, etc). Na falta desse protocolo lógico, substituído pela hipostasia, ocorre aqui uma condensação do seu quadro de integração, sinalizado por síndromes (estado mórbido caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas) e não por tendências. e muito menos pela ética. 



9.Relação crucial entre o “Crica” e a  Teoria da Incongruência

As considerações  (2 a 8)  servem de cunha para introduzir a teoria da Incongruência (v.no blog: Epistemologia - teorias do humor).

(2) O Crica e a alteridade
(3) Dialética da alteridade – versão burlesca
(4) Ética - (v. “Crica” – Considerações finais)
(5) Individuação – (v. Burlesco – Tipos Psicológicos)
(6) “Tudo Flui”
(7) O Estilo Crica e a versão burlesca da dialética da alteridade
(8) Hipostasia – (v. BURLESCO – modelo Estrutural)

Teoria da Incongruência  

A teoria da incongruência define que o riso é a expressão de uma incongruência percebida   por aquele que ri. É o humor percebido quando a lógica e familiaridade são substituídas por elementos que normalmente não andam juntos.
Existem objeções a esta teoria sendo a principal   é que há incongruências que não são percebidas  como humorísticas e assim, a incongruência por si só não explica a razão porquê certas histórias ou situações são humorísticas.
Esta teoria, aliada às  considerações anteriores (2 a 8), permite o entendimento da relação entre o estilo Crica e a “dialética da alteridade”, como uma forma de humor criativa, diferente daquela que define os demais estilos do Burlesco.

Protestos nas ruas – junho 2013
O brasileiro  percebeu a incongruência entre os  despautérios do Governo e as reais demandas do povo.   Se estamos protestando agora, o mundo inteligente lá no exterior já vem dando gargalhadas  faz bastante tempo, pela nossa sonolência frente à situação vergonhosa a que  Lula, Dilma e PT  vem submetendo quase 200 milhões de brasileiros.


(continua)

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