B&F - 005.2013 – “CRICA” E A DIALÉTICA
DA ALTERIDADE (HEGEL) - 2
5. Individuação – (Extrato do Burlesco – Tipos
Psicológicos)
“Jung atribui a origem (cultural) da subjetividade ocidental moderna ao
pensamento prevalente em nossa cultura, marcada pelo narcisismo, mania
da razão, recusa da alteridade e incapacidade de simbolização, centradas
no Ego, onde a consciência acredita-se autônoma, livre de
constrangimentos, não dependente de uma base inconsciente, e Jung propõe uma
nova subjetividade (a individuação) como
um processo de simbolização, subjetivo, resistente ao predomínio da
razão, rico de ilimitadas possibilidades culturais”.
6.
“Tudo
Flui”
Em
seus escritos Hegel faz um convite permanente ao leitor no sentido da
construção do conceito heraclitiano de movimento (“tudo flui”) através da análise da realidade
da coisa em processo, neste caso, uma crise ou situação de desconforto criada
para alguém ou para uma sociedade como um todo, pela atuação do Crica.
O
blog Confrarias do Riso (Post 007-2013 – Os Pré-Socráticos) apresenta o pensamento de Heráclito (“Tudo flui”) sob a perspectiva
da idéia de “movimento do pensamento” (Shakespeare) e do uso de figuras de linguagem a serviço da construção de idéias contraditórias.
A antítese, em oposição a uma tese , subsidia significados pertinentes
ao contexto ou domínio analisado, seja na poética, música, filosofia política,
etc. A síntese, nesse contexto, se coaduna com o sentido de unidade
(ideologia), harmonia (música) e outros significados próprios de cada contexto”).
A atuação do Crica solidifica a tese
do indivíduo odiosamente gozador, conceitualmente a negação da alteridade pela anulação do “outro”,
diferentemente vivenciada pelo Crica e sua vítima (o outro) , no fluir dos sentimentos
egoistas gerados no ambiente.
(Uma análise sociólogica da cultura do narcisismo trata a subjetividade como
a impossibilidade de poder admirar o outro em sua diferença radical, já que não
consegue se descentrar de si mesmo, tendo sempre seu próprio umbigo como referência e sem
poder enxergar um palmo além do próprio nariz. Encara o outro apenas como um objeto
para seu usufruto).
7. O
Estilo Crica e a dialética da alteridade
(versão burlesca)
Em
(3) admitimos um movimento de crescimento
(evolução) como resultado do uso da
“dialética da alteridade”, atrelada a uma necessária
força contrária (negativa), produzida à semelhança das atitudes e comportamentos do Crica”, de
per si, ética, subjetiva e culturalmente negativos, que em certo momento
provocaria a reação da vítima ou vítimas do Crica.
O
discurso filosófico pretende ser especulativo do conceito de alteridade, fugindo da realidade da concepção do
CRICA, seja pela definição mesma de
alteridade seja pelos fundamentos burlescos (lógico, ideológico,
comportamental), que não traduzem sua efetividade real, e sim, uma
aparência abrangendo a ética (v. 4) ou a
individuação (v.5),
(continua)
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