Cassio Carvalheiro

quarta-feira, 3 de julho de 2013

B&F - 005.2013 – “CRICA” E A DIALÉTICA DA ALTERIDADE (HEGEL) - 2

   B&F - 005.2013 – “CRICA” E A DIALÉTICA DA ALTERIDADE (HEGEL) - 2     

   5. Individuação – (Extrato do Burlesco – Tipos Psicológicos)

Jung atribui a origem (cultural) da subjetividade ocidental moderna ao pensamento prevalente em nossa cultura, marcada pelo narcisismo, mania da razão, recusa da alteridade e incapacidade de simbolização, centradas no Ego,  onde a consciência acredita-se autônoma, livre de constrangimentos, não dependente de uma base inconsciente, e Jung propõe uma nova subjetividade (a individuação)  como um processo de simbolização, subjetivo, resistente ao predomínio da razão, rico de ilimitadas possibilidades culturais”. 
6.    “Tudo Flui”

Em seus escritos Hegel faz um convite permanente ao leitor no sentido da construção do conceito heraclitiano de movimento  (“tudo flui”) através da análise da realidade da coisa em processo, neste caso, uma crise ou situação de desconforto criada para alguém ou para uma sociedade como um todo, pela atuação do Crica.   
O blog Confrarias do Riso (Post 007-2013 – Os Pré-Socráticos)  apresenta o pensamento de Heráclito  (“Tudo flui”) sob   a perspectiva da idéia de “movimento do pensamento”  (Shakespeare) e do uso de figuras de linguagem a serviço da construção de idéias contraditórias.
A antítese, em oposição a uma tese , subsidia significados pertinentes ao contexto ou domínio analisado, seja na poética, música, filosofia política, etc. A síntese, nesse contexto, se coaduna com o sentido de unidade (ideologia), harmonia (música) e outros significados próprios de cada contexto”).
A atuação do Crica solidifica a tese do indivíduo odiosamente gozador, conceitualmente a negação da alteridade pela anulação do “outro”, diferentemente vivenciada pelo Crica e sua vítima (o outro) , no fluir dos sentimentos egoistas gerados no ambiente.
(Uma análise sociólogica da cultura do narcisismo trata a subjetividade como a impossibilidade de poder admirar o outro em sua diferença radical, já que não consegue se descentrar de si mesmo, tendo sempre  seu próprio umbigo como referência e sem poder enxergar um palmo além do próprio nariz. Encara o outro apenas como um objeto para seu usufruto).  

7.    O Estilo Crica e a  dialética da alteridade (versão burlesca)
Em (3) admitimos um  movimento de crescimento (evolução)  como resultado do uso da “dialética da alteridade”, atrelada a uma  necessária  força contrária  (negativa), produzida à semelhança  das atitudes e comportamentos do Crica”, de per si, ética, subjetiva e culturalmente negativos, que em certo momento provocaria a reação da vítima ou vítimas do Crica.
O discurso filosófico pretende ser especulativo do conceito de alteridade,  fugindo da realidade da concepção do CRICA,  seja pela definição mesma de alteridade seja pelos fundamentos burlescos (lógico, ideológico, comportamental), que não traduzem sua efetividade real, e sim, uma aparência  abrangendo a ética (v. 4) ou a individuação (v.5),

(continua)

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