Cassio Carvalheiro

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

B&F – 003.2013 – Epistemologia


Burlesco & Filosofia

B&F – 003.2013 – Epistemologia

Este B&F leva  o conceito de  Epistemologia para o âmbito do livro de humor a que chamamos de “Burlesco”, livro dedicado a cultivar o campo do prazer das boas risadas onde floresce o intelecto sadio dos nossos leitores.  Sabemos do risco de ter que agradar aos leitores com um tema tão complexo como esse e o prefácio – “Pára-raios” tem o nome que tem por este motivo.
Algumas palavras pouco usuais, utilizadas no blog  Confrarias do Riso, foram empregadas para descrever conceitos e idéias expostas no livro. Uma dessas palavras, “epistemologia”,  além da importância do seu conceito  filosófico,  orientou o desenvolvimento estrutural do Burlesco, promovendo a interconexão  de idéias originadas em áreas diversas do conhecimento.
Significado da palavra epistemologia, conforme o dicionário “Aurélio”
·         Epistemologia (do gr. Episteme, “ciência”; “conhecimento” + o+ -logia) . S.f. conjunto de conhecimentos que tem por objeto o conhecimento científico, visando a explicar os seus condicionamentos (sejam eles técnicos, históricos, ou sociais, sejam lógicos, matemáticos, ou lingüísticos), sistematizar as suas relações, esclarecer os seus vínculos, e avaliar os seus resultados e aplicações.

A epistemologia é o ramo da filosofia que investiga a natureza, fontes e validade do conhecimento.Ela tenta responder antigas questões entre as quais: O que é o conhecimento? Como nós o alcançamos? Podemos conseguir uma teoria do conhecimento para defendê-la contra o desafio cético?  
Formas de conhecimento, empírico (ou a posteriori) e puro (ou a priori), bem como suas questões intrínsecas relacionadas com a percepção,  crença verdadeira, ceticismo, etc.,  (ainda)  são discutidas intensamente, no plano filosófico do desenvolvimento das ciências.  

Citamos duas referências bibliográficas utilizadas em nossas pesquisas sobre a Teoria do Conhecimento: 1)Chisholm, Roderick M. – Teoria do Conhecimento – Curso moderno de Filosofia – Zahar Editores – Rio de Janeiro (1969) e 2) Kant, Immanuel – Crítica da Razão Pura – Ed. Nova Cultural Ltda. – S.Paulo (1999)

Prolegômenos
Postagem 2.4.1 - "Revendo Comportamentos"
Esta postagem no blog contempla aspectos importantes das Teorias sobre o comportamento humano (Condicionamento respondente, Teoria da evolução, Behaviorismo, Behaviorismo radical, Doenças psiquiátricas, Inconsciente, Consciência coletiva, Cultura,  Construtivismo e“Imprinting”).  Outras postagens tecem considerações sobre o (Comportamento e o) Riso, Estereótipos e Arquétipos, baseadas nos estudos de  cientistas (psicólogos, psiquiatras, filósofos, sociólogos, etc).

Proposta do Burlesco
O Burlesco não irá aderir a nenhuma teoria ou terapia comportamental  como guia para obter o riso, mas, sim, irá explorar pontos essenciais das conclusões  dos diversos filósofos e cientistas do comportamento ou de suas eventuais divergências para analisar estilos de comportamentos e definir uma estrutura para o Burlesco. A teoria do Condicionamento Operante do behaviorismo radical (Skinner), por exemplo, toma por base um viés daquele princípio do positivismo lógico, através do qual podemos afirmar que “o significado de (um comportamento) uma proposição  é  dado na sua verificação (demonstrado no riso)”. Espera-se, pois, que “todo erro na premissa não apareça na conclusão”. A afirmação acima é pessoal e coincidentemente recorrente com o Construtivismo (“não existe observação neutra da realidade”) e com a filosofia Positivista que vincula o positivismo lógico ao behaviorismo Radical defendido por Skiner. As práticas verbais das divergências entre cientistas do comportamento se mostrarão verdadeiras lições do burlesco e assim serão experimentadas no texto.(j_nagado - 14.02.2012)

“Lastro Conceitual”
Apresentamos a seguir o item 2.4.3 (1,2,3) - “Lastro Conceitual”  extrato do “Burlesco” postado no blog, onde antecipamos o desenvolvimento seguido no Burlesco.
O comportamento humano apresenta características que definem uma natureza comum para sua objetividade e subjetividade no seu cotidiano, e uma postura   de mudanças associada a momentos de crise ou perante confrontos entre o que somos e o que queremos ser. Alguns aspectos da Psico – fisiologia, filosofia e da bio – genética, citados a seguir,  fornecem uma base conceitual inicial para o estabelecimento da estrutura do Burlesco, destarte auxiliada também por matérias consignadas por outras especialidades.
Deve-se creditar ao leitor o entendimento dessas questões básicas (domínios, fundamentos e argumentos) para a compreensão do texto, seja qual for o ambiente   no qual o Burlesco adentrar, político, social, psico-social, educacional, etc.  Para isto, a leitura de mundo que o leitor deverá fazer será inferida da análise do espaço, causas e condicionamentos requisitada pela função estruturalizante  do argumento  (2.2),  sob os auspícios da Cultura (e mudanças culturais) preponderante no ambiente considerado. Por exemplo, o leitor deverá assimilar informações que o leve a associar traços psicológicos (ou na sua forma prática, traços de caráter) pertinentes ao comportamento do indivíduo sob observação. 
No que segue, vamos tomar da Psico – fisiologia, filosofia e da bio – genética, alguns aspectos não abordados especificamente na conceituação do Burlesco, embora prestigiados em outras especialidades,  dentro do objetivo de definir uma estrutura para analisar comportamentos que delineiam os estilos burlescos. 

Retomando como viés daquele princípio do positivismo lógico,  que afirma que “o significado de (um comportamento burlesco) uma proposição  é  dado na sua verificação (no riso do interlocutor)” , concluímos que “Todas (aquelas) essas brilhantes teorias utilizam-se de específicas realidades de linguagem (social, biológico, físico, etc),  cada qual procurando fazer o sentido do comportamento humano convergir para a fronteira entre tudo aquilo que constitui um estado de coisas dessa realidade  e de outro lado, tudo que designa ou exprime esse estado de coisas”. (j.nagado – out / 2008)-(j_nagado – 02.03.2012) 


Finalmente, o item - 3.BURLESCO-Mod. Estrutural  - Estilo (b) do blog apresenta a definição do Modelo Estrutural do Burlesco como consequência da aplicação do “Nexo Berg-Nagado” e do  modelo de raciocínio epistêmico, aqui já uma abordagem estruturalista para as Categorias e Estilos do Burlesco.  

José Nagado – (19.02.2013)

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