Burlesco & Filosofia
B&F – 003.2013 – Epistemologia
Este B&F leva o conceito de
Epistemologia para o âmbito do livro de humor a que chamamos de
“Burlesco”, livro dedicado a cultivar o campo do prazer das boas risadas onde
floresce o intelecto sadio dos nossos leitores.
Sabemos do risco de ter que agradar aos leitores com um tema tão
complexo como esse e o prefácio – “Pára-raios” tem o nome que tem por este
motivo.
Algumas
palavras pouco usuais, utilizadas no blog
Confrarias do Riso, foram empregadas para descrever conceitos e idéias expostas
no livro. Uma dessas palavras, “epistemologia”, além da importância do seu conceito filosófico,
orientou o desenvolvimento estrutural do Burlesco, promovendo a
interconexão de idéias originadas em
áreas diversas do conhecimento.
Significado da palavra epistemologia,
conforme o dicionário “Aurélio”
·
Epistemologia
(do gr. Episteme, “ciência”; “conhecimento” + o+ -logia) . S.f. conjunto de
conhecimentos que tem por objeto o conhecimento científico, visando a explicar
os seus condicionamentos (sejam eles técnicos, históricos, ou sociais, sejam
lógicos, matemáticos, ou lingüísticos), sistematizar as suas relações,
esclarecer os seus vínculos, e avaliar os seus resultados e aplicações.
A epistemologia é o ramo da filosofia que
investiga a natureza, fontes e validade do conhecimento.Ela tenta responder
antigas questões entre as quais: O que é o conhecimento? Como nós o alcançamos?
Podemos conseguir uma teoria do conhecimento para defendê-la contra o desafio cético?
Formas de conhecimento, empírico (ou a
posteriori) e puro (ou a priori), bem como suas questões intrínsecas
relacionadas com a percepção, crença
verdadeira, ceticismo, etc., (ainda) são discutidas intensamente, no plano
filosófico do desenvolvimento das ciências.
Citamos duas referências
bibliográficas utilizadas em nossas pesquisas sobre a Teoria do Conhecimento:
1)Chisholm, Roderick M. – Teoria do Conhecimento – Curso moderno de Filosofia –
Zahar Editores – Rio de Janeiro (1969) e 2) Kant, Immanuel – Crítica da Razão
Pura – Ed. Nova Cultural Ltda. – S.Paulo (1999)
Prolegômenos
Postagem
2.4.1 - "Revendo Comportamentos"
Esta postagem no blog contempla aspectos
importantes das Teorias sobre o comportamento
humano (Condicionamento respondente, Teoria da evolução, Behaviorismo,
Behaviorismo radical, Doenças psiquiátricas, Inconsciente, Consciência
coletiva, Cultura, Construtivismo
e“Imprinting”). Outras postagens tecem considerações
sobre o (Comportamento e o) Riso, Estereótipos e Arquétipos, baseadas nos
estudos de cientistas (psicólogos,
psiquiatras, filósofos, sociólogos, etc).
Proposta do Burlesco
O Burlesco não irá aderir a nenhuma teoria ou terapia
comportamental como guia para obter o riso, mas, sim, irá explorar pontos
essenciais das conclusões dos diversos filósofos e cientistas do
comportamento ou de suas eventuais divergências para analisar estilos de comportamentos
e definir uma estrutura para o Burlesco. A teoria do Condicionamento
Operante do behaviorismo radical (Skinner), por exemplo, toma por base um viés
daquele princípio do positivismo lógico, através do qual podemos afirmar que “o
significado de (um comportamento) uma proposição é dado na sua
verificação (demonstrado no riso)”. Espera-se, pois, que “todo erro na premissa
não apareça na conclusão”. A afirmação acima é pessoal e coincidentemente
recorrente com o Construtivismo (“não existe observação neutra da realidade”) e
com a filosofia Positivista que vincula o positivismo lógico ao behaviorismo
Radical defendido por Skiner. As práticas verbais das divergências entre
cientistas do comportamento se mostrarão verdadeiras lições do burlesco e assim
serão experimentadas no texto.(j_nagado - 14.02.2012)
“Lastro
Conceitual”
Apresentamos a seguir o item 2.4.3 (1,2,3) - “Lastro Conceitual” extrato do “Burlesco”
postado no blog, onde antecipamos o desenvolvimento seguido no Burlesco.
O comportamento humano apresenta
características que definem uma natureza comum para sua objetividade e
subjetividade no seu cotidiano, e uma postura
de mudanças associada a momentos de crise ou perante confrontos entre o
que somos e o que queremos ser. Alguns aspectos da Psico – fisiologia,
filosofia e da bio – genética, citados a seguir, fornecem uma base conceitual inicial para o
estabelecimento da estrutura do Burlesco, destarte auxiliada também por
matérias consignadas por outras especialidades.
Deve-se creditar ao leitor o entendimento dessas questões básicas
(domínios, fundamentos e argumentos) para a compreensão do texto, seja qual for
o ambiente no qual o Burlesco adentrar, político, social,
psico-social, educacional, etc. Para isto, a leitura de mundo que o
leitor deverá fazer será inferida da análise do espaço, causas e
condicionamentos requisitada pela função estruturalizante do
argumento (2.2), sob os auspícios da Cultura (e mudanças culturais)
preponderante no ambiente considerado. Por exemplo, o leitor deverá
assimilar informações que o leve a associar traços psicológicos (ou na sua
forma prática, traços de caráter) pertinentes ao comportamento do indivíduo sob
observação.
No que segue, vamos tomar da Psico – fisiologia, filosofia e da bio –
genética, alguns aspectos não abordados especificamente na conceituação do
Burlesco, embora prestigiados em outras especialidades, dentro do
objetivo de definir uma estrutura para analisar comportamentos que delineiam os
estilos burlescos.
Retomando como viés daquele princípio do positivismo lógico, que afirma que “o significado de (um comportamento burlesco) uma proposição é dado na sua verificação (no riso do interlocutor)” , concluímos que “Todas (aquelas) essas brilhantes teorias utilizam-se de específicas realidades de linguagem (social, biológico, físico, etc), cada qual procurando fazer o sentido do comportamento humano convergir para a fronteira entre tudo aquilo que constitui um estado de coisas dessa realidade e de outro lado, tudo que designa ou exprime esse estado de coisas”. (j.nagado – out / 2008)-(j_nagado – 02.03.2012)
Finalmente, o item - 3.BURLESCO-Mod. Estrutural - Estilo (b) do blog apresenta a definição do Modelo
Estrutural do Burlesco como consequência da aplicação do “Nexo Berg-Nagado” e
do modelo de raciocínio epistêmico, aqui
já uma abordagem estruturalista para as Categorias e Estilos do Burlesco.
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