Cassio Carvalheiro

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

POST 05.2013 - OS FILÓSOFOS E EU


POST 05.2013 - OS FILÓSOFOS E EU 

https://licburlesco.blogspot.com/2013/02/post-052013-os-filosofos-e-eu.html

A seção "Burlesco e Filosofia" (B&F) criada no Blog tem suas origens logo no início do texto do Burlesco, quando citamos a participação dos filósofos gregos no desenvolvimento da Lógica, Filosofia Política, Ética e outras questões da filosofia. 
  

No post de 30.05.2012, "Filósofos e o Burlesco " chamamos a atenção para o uso de axiomas de natureza filosófica e de aforismos deixados por filósofos como Nietzsche, Ferdinand Saussure, Wittgenstein, Bérgson e outros, que  podem levar o leitor  a creditar ao texto uma consistência maior do que nos garantem os conceitos do  Burlesco. O Burlesco apresenta um resumo das teorias  e Filósofos abordados de  alguma forma no texto,  pesquisado em uma bibliografia relativamente extensa  em  busca dos temas sugeridos pelas citações e analisadas no gráfico acima mencionado.
A complexidade das teorias dos filósofos nunca  tirou – me o sono e pelo contrário,  forneceu diversas alternativas para interpretar o sorriso do bicho homem. 
A seguir, a caricatura que fiz para alguns dos filósofos citados no Burlesco.

Wittgenstein (1889-1951)

Nietzsche (1844-1900)

Este sou  Eu (1945-....)

j_nagado

Engenheiro aposentado. Gosto de jogar tenis e pescar. Pintei muitos quadros a óleo sobre tela; compus haicais entre imagéticos, ideológicos e libertinos; cometi crônicas e contos ambientados nos anos 1970-2000. Em 2005 iniciei pesquisa epistemológica sobre os velhos esquemas do cômico, do humor e do chiste, que resultou na estrutura do "Burlesco", livro inédito à procura de leitores e de editor.

Pára – raios
“Um prefácio poderia intitular-se pára-raios”  (G.C. Lichtenberg)
Quando queremos aliviar nossa consciência por algum erro cometido, freqüentemente recorremos  à conhecida e amigável primeira lei de Murphy que diz: “Se alguma coisa pode dar errado, dará”.  
Essa desditosa lei, utilizada como para - ráios para todo tipo de críticas, apregoada pelos nossos economistas de fracassados Planos Econômicos, foi também adotada quando decidi escrever o “Burlesco”, após uma divertida reunião com grandes filósofos, meus amigos de rega-bofes mensais (os ditos comensais)  que se reúnem há quase vinte anos em bons restaurantes de São Paulo.
Não podia avaliar o resultado que poderia vir a obter ao começar a  alinhar idéias para o Burlesco, procurando tornar realidade uma prosaica decisão tomada na mesa de um restaurante. Acredito que aqueles economistas, pelo menos, achavam que seu plano seria maravilhoso para o país, e também acredito que tais planos econômicos foram criados em estado de euforia  etílica pelos seus responsáveis. 
Conjeturando sobre o significado do burlesco, enquanto rabiscava em uma folha de papel  um gráfico relacionando possíveis fundamentos e condicionamentos daquilo     que vincula o riso (ou não riso) de pessoas em encontros divertidos ou em   espetáculos de humor, percebi que esse gráfico poderia ser  arranjado  como um sistema para tratar o Burlesco como um produto cultural do gênero humano destinado a exorcizar a bíblica tristeza do homem através do riso,. (pode começar a rir!) - rev.08/12/06 – josé nagado (01/06/2005)

Introdução

O termo “burlesco” pode adjetivar qualquer coisa que provoca o riso,  como tudo aquilo que é cômico,  grotesco,  caricato , satírico ou zombeteiro, como também pode indicar traços de caráter do indivíduo que provoca o riso das pessoas, conscientemente  ou não.
Inicialmente queremos dizer que este livro não trata de técnicas (“simples e práticas”) de contar piadas que interessam àquelas pessoas, como eu, que não sabem contar e nem é naturalmente engraçada. No mundo dos negócios e das empresas, Consultores de humor, vendem tais  técnicas com sucesso,  justificando o poder do executivo que sabe usar o humor para administrar conflitos, motivar pessoas, aumentar a produtividade e até  influenciar a cultura da empresa.
Uma grande preocupação durante elaboração deste texto, foi com a existência eventual  de algo semelhante, e por isso, tivemos o cuidado de pesquisar uma bibliografia relativamente extensa, para finalmente enveredar pelo caminho indicado pelas  idéias  decorrentes de longa reflexão sobre o burlesco.
Aqueles que um dia tiveram aulas de Filosofia, se divertiram muito com a  profundidade histriônica dos antigos filósofos gregos, os pré-socráticos ,  e também com Sócrates (469-399), que não escreveu nada e dependeu de Platão (427-347) para reproduzir suas idéias. Depois de Platão, Aristóteles (382-322), seu aluno na Academia, realmente foi o mais brilhante, tendo desenvolvido (ou inventado) a Lógica, a Filosofia da Ciência, a Taxonomia Biológica, a Ética, a Filosofia Política, etc., sendo a Ética e a Filosofia Política motivos de sua abominação pelos nossos políticos do Congresso. Entretanto, doeu-lhe muito o cotovelo ao ser preterido e acabou saindo da Academia e fundou o Liceu. Atualmente nossos políticos querem fazer crer que trocam de partido por motivos éticos, e isto fica como assunto muito apreciado no Burlesco.
Depois de Aristóteles, a fragmentação da Filosofia revelou os estóicos, os epicuristas, os cépticos e os cínicos, cujos filósofos atraíram de forma definitiva (e burlesca) os olhos do mundo para a (des)graça da filosofia e o desfrute pelo Burlesco. Estereotipados, filósofos e doutrinas, tornaram-se grandes contribuições dos antigos para o humor.
Não sendo a filosofia nosso objetivo, enaltecemos os filósofos com a sua notável contribuição para a história do burlesco, embora em todas as épocas sempre tenha sido muito grande o esforço de poetas, rufiões, abades,clérigos, cortesãos, nobres e não nobres para integrar esse mundo do riso. Excluímos propositalmente a classe dos políticos por serem  “hors concours” nesse ambiente.
Este texto apresenta uma  estrutura que permite a análise do comportamento burlesco em situações ou fenômenos  sociais  de  agentes de “estilos” em situações sociais (principalmente anti-sociais)   onde o interlocutor (ou interlocutores) é mobilizado intelectualmente para...rir. 
Nestas situações, esses agentes assumem  posturas definitivamente caricatas, humorísticas ou cômicas , procurando colocar do seu lado o julgamento crítico do interlocutor ou ficar desobrigado da necessidade de experimentar sentimentos penosos ou finalmente, apenas desembaraçar-se do julgamento crítico do interlocutor.
Os resultados finais desses procedimentos, serão tratados como “estilos” e serão sempre atribuídos “ao outro”, procurando dessa forma, livrar o leitor de qualquer sentimento de culpa.

(José Nagado - 25.02.2013)


  

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