POST 05.2013 - OS FILÓSOFOS E EU
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A seção "Burlesco e Filosofia" (B&F) criada no Blog tem suas origens logo no início do texto do Burlesco, quando citamos a participação dos filósofos gregos no desenvolvimento da Lógica, Filosofia Política, Ética e outras questões da filosofia.
A seção "Burlesco e Filosofia" (B&F) criada no Blog tem suas origens logo no início do texto do Burlesco, quando citamos a participação dos filósofos gregos no desenvolvimento da Lógica, Filosofia Política, Ética e outras questões da filosofia.
No post de 30.05.2012, "Filósofos e o Burlesco " chamamos a atenção para o uso de axiomas de natureza filosófica e de aforismos deixados por filósofos como Nietzsche, Ferdinand Saussure, Wittgenstein, Bérgson e outros, que podem levar o leitor a creditar ao texto uma consistência maior do que nos garantem os conceitos do Burlesco. O Burlesco apresenta um resumo das teorias e Filósofos abordados de alguma forma no texto, pesquisado em uma bibliografia relativamente extensa em busca dos temas sugeridos pelas citações e analisadas no gráfico acima mencionado.
A complexidade das teorias dos filósofos nunca tirou – me o sono e pelo contrário, forneceu diversas alternativas para interpretar o sorriso do bicho homem.
A seguir, a caricatura que fiz para alguns dos filósofos citados no Burlesco.
Wittgenstein (1889-1951) |
Nietzsche (1844-1900) |
Este sou Eu (1945-....) |
j_nagado
Engenheiro aposentado. Gosto de jogar tenis
e pescar. Pintei muitos quadros a óleo sobre tela; compus haicais entre
imagéticos, ideológicos e libertinos; cometi crônicas e contos ambientados nos
anos 1970-2000. Em 2005 iniciei pesquisa epistemológica
sobre os velhos esquemas do cômico, do humor e do chiste, que resultou na
estrutura do "Burlesco", livro inédito à procura de leitores e de
editor.
Pára –
raios
“Um
prefácio poderia intitular-se pára-raios”
(G.C. Lichtenberg)
Quando queremos aliviar nossa
consciência por algum erro cometido, freqüentemente recorremos à conhecida e amigável primeira lei de Murphy
que diz: “Se alguma coisa pode dar errado, dará”.
Essa desditosa lei, utilizada como
para - ráios para todo tipo de críticas, apregoada pelos nossos economistas de
fracassados Planos Econômicos, foi também adotada quando decidi escrever o
“Burlesco”, após uma divertida reunião com grandes filósofos, meus amigos de
rega-bofes mensais (os ditos comensais)
que se reúnem há quase vinte anos em bons restaurantes de São Paulo.
Não podia avaliar o resultado que
poderia vir a obter ao começar a alinhar
idéias para o Burlesco, procurando tornar realidade uma prosaica decisão tomada
na mesa de um restaurante. Acredito que aqueles economistas, pelo menos,
achavam que seu plano seria maravilhoso para o país, e também acredito que tais
planos econômicos foram criados em estado de euforia etílica pelos seus responsáveis.
Conjeturando
sobre o significado do burlesco, enquanto rabiscava em uma folha de papel um gráfico relacionando possíveis fundamentos
e condicionamentos daquilo que
vincula o riso (ou não riso) de pessoas em encontros divertidos ou em espetáculos de humor, percebi que esse
gráfico poderia ser arranjado como um sistema para tratar o Burlesco como
um produto cultural do gênero humano destinado a exorcizar a bíblica tristeza
do homem através do riso,. (pode começar a rir!) - rev.08/12/06 – josé nagado (01/06/2005)
Introdução
O termo “burlesco” pode adjetivar qualquer coisa que provoca o riso, como tudo aquilo que é cômico, grotesco, caricato , satírico ou zombeteiro, como também pode indicar traços de caráter do indivíduo que provoca o riso das pessoas, conscientemente ou não.
Inicialmente queremos dizer que este
livro não trata de técnicas (“simples e práticas”) de contar piadas que
interessam àquelas pessoas, como eu, que não sabem contar e nem é naturalmente
engraçada. No mundo dos negócios e das empresas, Consultores de humor, vendem
tais técnicas com sucesso, justificando o poder do executivo que sabe
usar o humor para administrar conflitos, motivar pessoas, aumentar a
produtividade e até influenciar a
cultura da empresa.
Uma grande preocupação durante
elaboração deste texto, foi com a existência eventual de algo semelhante, e por isso, tivemos o
cuidado de pesquisar uma bibliografia relativamente extensa, para finalmente
enveredar pelo caminho indicado pelas
idéias decorrentes de longa reflexão
sobre o burlesco.
Aqueles que um dia tiveram aulas de
Filosofia, se divertiram muito com a
profundidade histriônica dos antigos filósofos gregos, os pré-socráticos
, e também com Sócrates (469-399), que
não escreveu nada e dependeu de Platão (427-347) para reproduzir suas idéias.
Depois de Platão, Aristóteles (382-322), seu aluno na Academia, realmente foi o
mais brilhante, tendo desenvolvido (ou inventado) a Lógica, a Filosofia da
Ciência, a Taxonomia Biológica, a Ética, a Filosofia Política, etc., sendo a
Ética e a Filosofia Política motivos de sua abominação pelos nossos políticos
do Congresso. Entretanto, doeu-lhe muito o cotovelo ao ser preterido e acabou
saindo da Academia e fundou o Liceu. Atualmente nossos políticos querem fazer
crer que trocam de partido por motivos éticos, e isto fica como assunto muito
apreciado no Burlesco.
Depois de Aristóteles, a fragmentação
da Filosofia revelou os estóicos, os epicuristas, os cépticos e os cínicos,
cujos filósofos atraíram de forma definitiva (e burlesca) os olhos do mundo
para a (des)graça da filosofia e o desfrute pelo Burlesco. Estereotipados,
filósofos e doutrinas, tornaram-se grandes contribuições dos antigos para o
humor.
Não sendo a filosofia nosso objetivo,
enaltecemos os filósofos com a sua notável contribuição para a história do
burlesco, embora em todas as épocas sempre tenha sido muito grande o esforço de
poetas, rufiões, abades,clérigos, cortesãos, nobres e não nobres para integrar
esse mundo do riso. Excluímos propositalmente a classe dos políticos por
serem “hors concours” nesse ambiente.
Este texto apresenta uma estrutura que permite a análise do
comportamento burlesco em situações ou fenômenos sociais
de agentes de “estilos” em
situações sociais (principalmente anti-sociais) onde o interlocutor (ou interlocutores) é
mobilizado intelectualmente para...rir.
Nestas situações, esses agentes
assumem posturas definitivamente
caricatas, humorísticas ou cômicas , procurando colocar do seu lado o
julgamento crítico do interlocutor ou ficar desobrigado da necessidade de
experimentar sentimentos penosos ou finalmente, apenas desembaraçar-se do
julgamento crítico do interlocutor.
Os resultados finais desses
procedimentos, serão tratados como “estilos” e serão sempre atribuídos “ao
outro”, procurando dessa forma, livrar o leitor de qualquer sentimento de
culpa.
(José Nagado - 25.02.2013)
(José Nagado - 25.02.2013)
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