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– 007.2013 – OS PRÉ-SOCRÁTICOS
(tertúlia domingueira)
5.5 Conclusão
Os aspectos citados anteriormente nos dizem que:
1.Os exemplos acima (Shakespeare
e Camões) exemplificam a idéia
representada pelos oxímoros, basicamente:
a)O Oxímoro, estabelecendo a
ligação de duas imagens aparentemente excludentes, representa uma intensificação especial da Antítese.
b)O Oxímoro (ou Antilogia) é uma forma de antítese lúdica e paradoxal, que atribui a uma dada expressão, dois
sentidos (A e B) teoricamente incompatíveis.
c)Tal significa que (A) não só é
negada por (B), como também, e simultaneamente, se pretende impor a afirmação
dessa mesma negação, instaurando uma “realidade terceira” que funciona como
termo dialético da síntese e que
ultrapassa o puro movimento de afirmação
e negação.
d) Essa síntese assume a profundidade de uma reflexão sobre um dilema
proposto, consideradas as ambiguidades
do ambiente em que ocorre e diversidade
de soluções racionais possíveis.
e) Arnaldo Jabor em sua crônica “As idéias não correspondem
aos fatos” diz que “temos de recorrer aos chamados “oxímoros”. Sabem o que são?
O oxímoro é a figura de retórica mais útil no mundo atual. Nascem de duas
palavras contraditórias e se unem para chegar a um terceiro sentido. São como
bichos de duas cabeças, centauros da sintaxe, para dar conta da ambivalência do
mundo”.
Concluindo:
Como vislumbrar a riqueza do pensamento pré-socrático, por
si só, pleno de questionamentos gerados
pelo processo dialético , senão
através de oxímoros?
As reflexões sobre os fragmentos de Heráclito produziram
resultados realmente importantes para o desenvolvimento filosófico, embora
só extemporaneamente percebidos pela humanidade.
Portanto, o Neves tem plena razão :
” Não vejo oxímoro nos seus pensamentos filosóficos, mas vejo uma
esforçada tentativa de classificá-los assim”.
(José Nagado – 28.05.2013)
Ufa!
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