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POST 15.2013 – ESQUETES – INOCENTE ÚTIL : compassivo
ESQUETES –
INOCENTE ÚTIL : compassivo
Introdução
Utilizando a estrutura
(caráter x fundamentos x tendências) definida em “Burlesco” (http://licburlesco.blogspot.com.br)
estamos dando continuidade à apresentação da série de esquetes (de humor)
relacionados às quatro Categorias - Pobre de Espírito, Gozador, Espirituoso e
Genial , do Burlesco.
Pobre de Espírito
Um resumo da Categoria
“Pobre de Espírito” é apresentado em http://licburlesco.blogspot.com.br/search?q=pobre+de+esp%C3%ADrito-20.05.2012.
Os estilos desta Categoria
(Simplório, Cândido, Inocente útil e Ignorantão) foram agrupados
devido a uma disposição permanente de caráter, identificado
comumente com a imagem compassiva que nos transmitem. ("E
quando aprendemos melhor a divertir-nos, esquecemo-nos melhor de fazer mal aos
outros e de inventar dores". - Nietszche, em "Assim falou
Zaratustra/dos Compassivos"), dos quais já foram apresentados os
seguintes esquetes :
- Estilo Cândido (http://licburlesco.blogspot.com/2013/11/post-132013-esquetes-candido)
- Estilo Simplório
(http://licburlesco.blogspot.com/2013/12/post-142013-esquetes-simplorio-do.html)
O presente esquete refere-se
ao estilo Inocente Útil.
Inocente útil
É a pessoa que
serve aos interesses e objetivos de uma causa política, social ou
religiosa, sem estar vinculada à sua organização.
Em política,
costuma-se ver, com caridoso pesar, aquele indivíduo, que, por compaixão, acaba
por facilitar política ou programa do adversário. Confere poder a quem,
no futuro, vai trucidá-lo, moral ou fisicamente. Exemplos, trágico-cômicos em
política, tem-se aos montes. O inocente útil, em alguns casos, revela-se
heroicamente quando consegue desvencilhar-se do seu opressor. Mas seu pescoço
corre sérios riscos...
O estilo de comportamento é
analisado através dos Fundamentos (princípios) burlescos. O inocente útil
revela, nos relacionamentos e situações que vivencia(ei-lo!), aquela
imagem compassiva que nos transmite, principalmente sob o aspecto do fundamento
lógico, que apreciaremos neste esquete, dedicado a torcedores de bom senso .
O Ambiente
Insatisfeita com as derrotas
no início do Campeonato Paulista de 2014, a torcida de um grande clube de São
Paulo, invade seu centro de treinamento de futebol para cobrar mais empenho do
time e, principalmente, de certos jogadores. Um desses torcedores, filmado
pelas câmeras de segurança do clube e de jornais, sem dúvida, ficou
famoso com a foto estampada no jornal, com os dizeres:
“Torcedor de futebol invade
o centro de treinamento e ameaça quebrar a perna de jogador do seu time”.
Desempregado, esse torcedor
estava ali porque fora convidado por um amigo membro de torcida organizada.
Todo o mundo sabe que muitas torcidas organizadas tem até patrocínio do clube e
outras são movidas por facções contrárias a diretoria. Lá, aprendeu os refrões
(desafios) daqueles torcedores fanáticos e viu (seus argumentos) cercas
destruídas para invasão de áreas exclusivas dos jogadores, vidros das
instalações quebradas, ouviu xingamentos à diretoria do clube e
invocações de nomes de jogadores cujas mães eram solenemente desrespeitadas,
ameaças físicas. . Ausência total de regras, apesar da presença da polícia no
local. .
Sentia-se feliz como
membro recente daquela torcida, mas ele estava aturdido pela ambiguidade
do ambiente que fazia a polícia ficar acuada, sem tomar atitudes.
Naquele momento passa
um indivíduo e lhe entrega um cartaz com os dizeres: “Vamos quebrar suas
pernas, vagabundos! “ . Sem saber o que fazer , segurava o cartaz na sua
frente, no momento em que foi fotografado. Um repórter logo perguntou: “Pernas
de quem?”. A resposta, vinda certamente do “kit” de refrões e atitudes
dessa torcida organizada, que o seu amigo lhe passara, veio rápida: “Fulano”
Na mídia, os dizeres do
cartaz - “Vamos quebrar suas pernas, vagabundo!”, passaram a representar
o torcedor irado com o desempenho do time e o dilema: essa torcida
organizada ama seu time?
Inocente culpa
“Essa
síntese assume a profundidade de uma reflexão sobre
um dilema proposto, consideradas as ambiguidades
do ambiente em que ocorre e diversidade de soluções racionais possíveis”.
(sic: “oximoros” em: http://licburlesco.blogspot.com/2013/05/post-0072013-os-pre-socraticos-parte-55.html)
Para nós, na verdade,
representa apenas o cômico registro de “inocente culpa” assumida pelo
estilo Inocente útil.
O Burlesco reafirma: O
inocente útil irá “Posicionar favoravelmente o julgamento crítico do seu
(o amigo) interlocutor”, mesmo quando este defende juízos contraditórios para
as ações dessa torcida que pretende dizer “amar o time” e paradoxalmente,
“quebrar a perna do seu jogador”.
(agora podem rir...kkkk)
José Nagado – (10.02.2014) (14.10.2018)
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