Cassio Carvalheiro

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

TRIBUTO AO NEVES (J.C.N) - 1. INTRODUÇÃO (20.12.16)




(TRIBUTO AO NEVES E AO TRANSMONTANO)

Esta homenagem ao amigo José Carlos Neves, prevista desde 15.12.2015, foi postergada em todo o decorrer deste interminável e angustiante ano de 2016, à espera de uma trégua no trágico noticiário político e  econômico e nos escândalos de corrupção que varrem todos os níveis da administração pública brasileira. Mesmo sem essa trégua, decidimos postar este "Tributo ao Neves".

Reconhecer, com humildade e gratidão os sábios conhecimentos que o amigo Neves compartilhou através deste blog e e-mails, tornou-se um TRIBUTO à nossa amizade e um reconhecimento à sua capacidade de discutir o trabalho intelectual, sem melindres, no plano definido pelo seu interlocutor.

O blog Confrarias do Riso (http://licburlesco.blogspot.com) forneceu o registro das manifestações do Neves e de outros colaboradores para a realização desta homenagem.

Ontem, 19.12.2016, ao tomar conhecimento desde TRIBUTO, o Neves escreveu:

"... estou certo que me tributarás na justa medida do mérito, que reconheço pouco, para que eu não tenha que carregar responsabilidades maiores que aquelas que eu mereça. Mas acho que é uma boa ideia fazer uma retrospectiva das nossa tertúlias, tenham sido elas domingueiras, ou semaneiras. Não esqueci da SAIL, mas lembro dela apenas como um sonho de uma noite de verão. (SAIL - Sociedade Amiga dos Inéditos das Letras) 


Tributo a José Carlos Neves (JCN)

 Introdução

 “A gente não faz amigos, reconhece-os.”
 Garth Henrichs. (1903-2002), pensador existencialista.

A frase acima, colocada no final de um texto (“Amigos”), de autoria ainda contestada, tornou-se emblemática para reconhecermos um amigo, dentre outros tantos, igualmente portadores de valores e méritos que tocam ao sentimento humano da   amizade.  

Este é um tributo a um grande amigo e escritor, a quem concedo, por ser mais velho que eu (nasceu em abril e eu em setembro de 1945), a declaração desta amizade, reconhecida pela Fé Cristã, nesta terra de Santa Cruz.

É ele José Carlos Neves – o Neves, Transmontano, nascido na localidade de Sampaio, escrivão do perene tratado de amizade registrado no meu livreto “Quadros e Haicais – Haicais na Pintura”, onde escreveu (a.D.2014) um falacioso Prefácio, pelo qual rogamos eternas desculpas aos leitores desse livreto.

O Neves escreveu: 

“Conheci o José Nagado como meu cliente, há uns 4 ou 5 anos. Eu, transmontano, com uma mercearia oriental. Ele, de origem oriental, à procura de produtos lusitanos, descobriu a minha loja.
Lusitana, ou melhor, Cabraliana, essa conjunção, onde a procura (do caminho das Índias) resultou na descoberta de   novos horizontes intelectuais.  Nada mais natural, claro!
Mas, importante mesmo foi a descoberta de interesses comuns pela literatura, filosofia e artes. A sua formação de engenheiro não só não impediu, mas fez dele um construtor de rigor matemático na arte da boa linguagem, e crítico feroz dos permanentes atentados à língua portuguesa, venham eles de eruditos ou de simples mortais. Mais daqueles que destes.”
...
Decorridos dois anos do lançamento do livreto, as falácias contidas no prefácio, ainda coram o meu rosto de vermelho do pudor, pelas palavras fantasiosas que a minha covardia permitiu registrar, incólume, repleta de exageros do amigo lusitano. Esperava, sim, que a erudição do escriba Neves levasse esse Prefácio através das sábias palavras de Cícero (Marco Tulio Cícero; 106 a.C. – 44 a. C) em “Saber Envelhecer”, mas transitou pelas cores da emoção, fazendo-me refém de elogios que o mesmo Cícero colocou na boca de um amigo, em “Amizade”.

(Nota: “Saber Envelhecer” e “A Amizade” / Marco Tulio Cícero Tradução de Paulo Neves – Porto Alegre: L&PM, 2012 Coleção L&PM POCKET)

Tributo à Amizade

“Tributo ao amigo Neves” compartilha nossa reciprocidade de gostos e trocas de atenções perante os textos aqui apresentados, especialmente no âmbito da filosofia, literatura e artes. Esta reciprocidade de gostos, sem dúvida, faz parte do “Tributo a amizade”, resgatado nas lições de Cícero sobre a amizade.

A exposição dos textos, incentivada pela curiosidade intelectual de amigos, foi compartilhada através de e-mails ou através do blog Confrarias do Riso, que edito desde 2011.  

O intelectual Neves lastreou, com sua imensa cultura e conhecimentos, os textos aqui discutidos, comentados e compartilhados.

(josé nagado - 02.12.2016)




(continua) 




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