Cassio Carvalheiro

quarta-feira, 23 de abril de 2014

MINI CRÔNICA (também ANACRÔNICA) – Um apêlo



MINI CRÔNICA (também ANACRÔNICA) – Um apêlo



É preciso estar com a mente livre e despreocupada para perceber algo
além  do rotineiro, da coisa comum.  Eu estava assim, curtindo um sábado.




UM APÊLO
Dia/Mês/67

No ônibus lotado, uma garota senta ao meu lado.
O sorriso receptivo, revela boa companhia, imagino.
Sinto nela o conforto do meu apreço.
O papo amigo consome o tempo e atenua o desconforto da viagem.
Na minha despedida apressada, ouvi fugazmente seu endereço...
Em uma ociosa tarde de Sábado, um apelo estranhamento familiar
leva-me a uma residência que meus passos pareciam saber de cor.
Dali, atônito com a revelação de uma criança,
fui para um Hospital, onde convalescia de cirurgia de úlcera,
aquela garota que julgava distante na minha memória,
levada pelo ônibus lotado de gente anônima.

J.Nagado-(04.09.00)


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