MINI CRÔNICA (também ANACRÔNICA) – Um apêlo
É preciso estar com a mente livre e despreocupada para
perceber algo
além do rotineiro, da
coisa comum. Eu estava assim, curtindo
um sábado.
UM APÊLO
Dia/Mês/67
No ônibus lotado, uma garota senta ao meu lado.
O sorriso receptivo, revela boa companhia, imagino.
Sinto nela o conforto do meu apreço.
O papo amigo consome o tempo e atenua o desconforto da
viagem.
Na minha despedida apressada, ouvi fugazmente seu endereço...
Em uma ociosa tarde de Sábado, um apelo estranhamento
familiar
leva-me a uma residência que meus passos pareciam saber de
cor.
Dali, atônito com a revelação de uma criança,
fui para um Hospital, onde convalescia de cirurgia de
úlcera,
aquela garota que julgava distante na minha memória,
levada pelo ônibus lotado de gente anônima.
J.Nagado-(04.09.00)
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