Cassio Carvalheiro

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

TRIBUTO AO NEVES 04 – NEVES e o Blog Confrarias do Riso



TAN 05 – NEVES (JCN) e o Blog Confrarias do Riso  

O autor do livro BURLESCO (livro à procura de editor), em seu blog Confrarias do Riso, tem procurado estimular os leitores a questionarem as proposições para o humor burlesco. O Neves é um grande incentivador e ativo comentarista de nossos textos relacionados ao burlesco.

“Tributo ao Neves”, mostra o intelectual (o Neves, não o seu amigo Transmontano) perante contextos relacionados a um tema inédito – o “Burlesco”, apresentados no Blog Confrarias do Riso, arena onde foram forjadas as principais peças deste nosso tributo e de tertúlias diversas, que hão de enriquecer o portal do humor inteligente nesta terra descoberta pelos ancestrais do nosso homenageado.


BLOG CONFRARIAS DO RISO


O texto inaugural do blog Confrarias do Riso (http://licburlesco.blogspot.com/2011/12/confrarias-do-riso.html), resumia, sob o título de “CONFRARIAS DO RISO” (22.11.2011), o ponto de vista de uma organização (informal) em torno da constituição do Burlesco, um tema seriamente abordado no Blog Confrarias do Riso.
“Confraria é uma alusão a todo grupo de amigos com o qual curtimos histórias, piadas, vídeos, frases, etc. através da mídia eletrônica. Através das “Confrarias do Riso” temos assumido uma   perspectiva burlesca no tratamento de qualquer tema, respaldando conceitos desenvolvidos no Burlesco. Estes conceitos serão divulgados em seções apropriadas do Blog ou através de comentários suscitados pelas contribuições das Confrarias.   
Com essa disposição, desde 2005 temos mantido contato com algumas “Confrarias do Riso”, identificadas por: “Besteirol do Júlio”, “Raquetadas”, “Burlescol do Takashi”, “Irmandade”, “Humor do Martinho”, etc., cujas contribuições foram fundamentais para a elaboração do burlesco.  
No momento pretendemos avaliar com as Confrarias, o interesse geral pelo Burlesco através das ideias   que iremos expor através deste Blog.   
j.nagado (22.12.2011)



Desenvolvimento do Blog Confrarias do Riso


Em Dezembro de 2015 postei no Blog Confrarias do Riso o texto exposto no link (http://licburlesco.blogspot.com/2015/12/quatro-anos-curtindo.html) para comemorar o quarto ano de edição do blog, completado em novembro desse ano. O Blog Confrarias do Riso foi criado primordialmente para divulgar o "Burlesco", livro que escrevi entre os anos 2005 e 2010, sobre os "estilos burlescos de comportamento". (Sem assunto)

Um extrato desse texto

O interesse pelo tema - Burlesco -  foi originado, de forma indireta, por um aforismo de Georg Christoph Lichtenberg (1742 - 1799), físico, engenheiro e filósofo alemão, que dizia:

"Uma pessoa revela o próprio caráter por sua reação a uma piada."

Analisando esse aforismo montei um gráfico histórico onde foram anotadas as primeiras ilações sobre os " 17 estilos burlescos de comportamento", coletados em quatro categorias (Pobre de Espírito, Gozador, Espirituoso e Genial) sugeridas pela cultura do humor, que suscitaram pesquisas em livros diversos e resultaram no desenvolvimento dos conceitos agregados à nossa visão do burlesco. 

Uma Estrutura (inédita) que desenvolvemos no estudo do "Burlesco"   nos permite orientar a análise do estilo de comportamento burlesco de uma pessoa, qualquer que seja o ambiente social. O nosso observador (você, leitor), deverá estar apto a perceber o estilo burlesco, explícito ou implícito, voluntária ou involuntariamente, apresentado pelo agente de um estilo, protagonista ou simples personagem de uma situação.

Textos diversificados, postados no blog, tiveram o apoio e incentivo do Neves, motivando a criação de novas ideias.

a. Crica
b. Burlesco – (Prêmio Parmênides - 03.2013)
c. Haicais burlescos
d. Quadros e Haicais – um livreto
e. B&F (Burlesco e Filosofia)
f. Tertúlias Domingueiras com JCN
g. Crônicas JN
h. Sail – Sociedade Amiga dos Inéditos das letras

O "Crica", livro escrito entre 2005 e 2010, trata de um agente identificado com um dos estilos da categoria GOZADOR, acima mencionada. Revisamos esse livro no corrente ano (2015) e decidimos por acréscimos que darão nova feição a esse trabalho. 

Burlesco – postada boa parte da ideia básica do livro, inclusive textos referentes a cada Estilo Burlesco de comportamento.
Além de contra argumentar os pensamentos filosóficos que delineiam a estrutura do Burlesco, o Neves, nosso homenageado, apontou lanças de verdadeiro D. Quixote contra as amuradas de uma fortaleza construída com as pedras dos fundamentos basilares que justificam   o cômico, o humor e o chiste.

O Neves conquistou o Prêmio “Parmênides” instituído pelo blog.

Haicais burlescos – uma tentativa do autor, de divulgar um estilo mais liberal  do haicai, acompanhando autores como Millôr Fernandes.

Quadros e Haicais – divulgação de coletânea, visando seu lançamento. (nov.2014)

Tertúlias Domingueiras – vale a pena conferir.

Crônicas – O Neves comenta minhas crônicas postadas no blog Confrarias do Riso.
Sail – Sociedade Amiga de Inéditos das Letras: organização


Acompanhem os tributos deste “Tetrabuto ao Neves” (título que já postei em um e-mail).
(j.nagado-28.12.2016)
(continua)                                             



quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

TRIBUTO AO NEVES - 03 - BATALHA DE GALOS



TRIBUTO AO NEVES - 03 - BATALHA DE GALOS



Batalha de Galos - José Carlos Neves
http://licburlesco.blogspot.com/2016/12/tributo-ao-neves-03-batalha-de-galos.html

Futebol épico
O escritor J.C Neves compartilhou com os seus amigos, em 15/07/2016, o texto “Batalha de Galos”, regozijando-se pelo grande feito do futebol Português: Campeão da Eurocopa 2016.


O texto chamou-me a atenção primeiramente pelo fato de tratar-se de futebol, coisa rara entre os assuntos compartilhados com esses amigos e depois, por ter citado Fernando Pessoa, o admirado escritor português.

Portugal comemorava seu novo reinado futebolístico sobre a Europa, com o presságio de estender o feito para o mundo, no próximo campeonato mundial em Moscou (2018). 

O texto conquistou um charme especial, pois remeteu o fato futebolístico para as alturas de uma conquista épica, quando o Neves revisita Fernando Pessoa, o grande escritor das glórias lusitanas relatadas em o “Infante” e resgata uma antiga promessa: “Cumpriu-se Portugal”!

(José nagado – 02.12.2016)


Amigos

Para que não digam que não lhes falei de flores, aí vai um maço de cravos, intactos, depois da "Batalha de Galos", anexa. Enjoy!

JC Neves -15/07/16


BATALHA DE GALOS
      
 Um bravo galo herói, defensor de Gália, ataca;                  
 Outro bravo, defensor de Barcelos, contra-ataca.  
(JCN)

        O esférico desliza pelo relvado e chega aos pés de Éder, que dribla um ou dois jogadores de azul e desfere um potente arremate ao lado direito da baliza do guarda - redes de França. Este, estira-se todo, mas não alcança a bola, que vai para o fundo das redes. É Golo!... Golo!...Golo!..Gooolo de Portugal! Ao meu amigo Transmontano, o grito de golo, chegou a soar como Galo; Gaaalo de Portugal! O próprio herói da façanha, Éder, com seu cabelo amarrado em coque, pareceu-lhe um valente galo africano, criado e educado em Portugal, qual Galo de Barcelos, a salvar a lendária verdade de seus compatriotas, e a desferir e consumar um último golpe, ao imponente francês Coq de Gaullus, ou de Gália, como se prefira...

          Talvez meu amigo nunca tenha sentido tanta solidão como naquele grito de gol. Não havia com quem festejar, e dividir aquele momento de pura catarse. Nem tanto pelo gol que representaria a vitória de Portugal numa competição esportiva, mas muito pelo símbolo que ela representaria. Neste momento que o mundo vive, de tão pouca tolerância, e de extrema agressividade, ele viu seu país – assim como a França - representado por uma multi-misciginação de raças, culturas, religiões, origens geográficas, e estratos sociais, a mostrar ao mundo que, sim, se pode conviver numa cultura de paz, e que ganhar ou perder não nos torna inimigos, ainda que sejamos adversários. Pelas redes sociais, o mundo viu a cena de um menino português a consolar um adulto francês que chorava pela derrota. E a paz foi selada por um emocionado abraço. Como em Pessoa, “cumpriu-se Portugal”!

    ...Bem que outro dos galos franceses, Payet, havia tentado garantir a vitória ao desferir violento golpe em um galo português mais famoso, Ronaldo, e pô-lo logo fora da luta. Mas este era um galo Cristiano, que por ter crista maior e poder mais divino que os demais galos em batalha, protegeu e incentivou seus companheiros na dura rinha, até à grande vitória, mesmo fora d'arena. E olhem que nem sequer Asterix pôde valer ao também valente Coq francês que, vencido, reconheceu o heroísmo do pequeno Galo de Barcelos, nessa batalha que mais parecia David contra Golias, a lembrar mais uma vez os golos que este não logrou, e que aquele conseguiu num só golpe. Galo vencido, Galo coroado e... Portugal, quem diria, voltou ao mapa europeu, e a reinar sobre a Europa por, pelo menos, quatro anos seguintes. Não duvidem de que, em Moscovo (como escrevem por lá) possa voltar ao Mapa Mundi, como próximo campeão mundial.
JCN – JUL- 2016



Cumpriu-se Portugal





Assunto: 'BATALHA DE GALOS"
Quarta-feira, 5 de Outubro de 2016 20:32

De: José Nagado <j_nagado@hotmail.com>

Para: jose neves <jcneves45@yahoo.com.br> 


Cc:<nicanordefreitas@gmail.com>; <brevianna@gmail.com>; <idirmartin@gmail.com>; <jaymerosa@terra.com.br>; <loarri@uol.com.br>; <takawotokunaga@yahoo.com.br>




Caro Neves,
Tudo bem?
  
Brilhante! Parabéns!
“Batalha de Galos” nos traz o poema épico de Fernando Pessoa (O Infante) para comemorar a grande conquista futebolística de Portugal.  
 Meu comentário abaixo, reafirma minha admiração pelos seus textos e nossa admiração por Fernando Pessoa.
“O próprio herói da façanha, Éder, com seu cabelo amarrado em coque, pareceu-lhe um valente galo africano, criado e educado em Portugal, (“quem te sagrou criou-te português”) qual Galo de Barcelos, a salvar(restaurar) a lendária verdade de seus compatriotas...(“Senhor, falta cumprir-se Portugal”)
“...a mostrar ao mundo que, sim, se pode conviver numa cultura de paz, e que ganhar ou perder não nos torna inimigos, ainda que sejamos adversários.” (o herói Eder executou a promessa divina cobrada por Pessoa e “cumpriu-se  Portugal”)
(cc)
Grande abraço
José Nagado


JC Neves - 15/07/16

 
Re: 'BATALHA DE GALOS" (Sem assunto)
José Carlos Neves

...
Caro Nagado

Obrigado, amigo, pela manifestação ao texto. É muito bom saber que contínuas a ser um arguto observador dos pequenos detalhes textuais, que passam desapercebidos à absoluta maioria de leitores. Queria ter essa agudez e percepção intelectual.

Tenho sentido saudade das nossas tertúlias domingueiras, mas, agora, até aos domingos, e todos os dias da semana, ando ocupado com atividades de velho, como coral, teatro, literatura, dança, e uma porção de outras (censurado pelo Neves) que só me obrigam e deixam algum tempo para escrever futilidades teatrais, cuja maioria é descartável.

Grande abraço, e manda notícias



Neves - 06/10/16

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

TRIBUTO AO NEVES - 02 - "ENTENDEU?"



TRIBUTO AO NEVES - 02 – "ENTENDEU?"


“Entendeu?”  - Jose Carlos Neves – (JCN)


Texto escrito e compartilhado pelo Neves, revela uma prosa rica onde mostra seu senso de humor através da cultura e antigos usos e costumes de sua terra natal, principalmente do uso de termos que a nós brasileiros muitas vezes nos parecem palavrões.  
                                                                                                                   
“Entendeu?” revela a identidade do autor com a língua portuguesa e sua sintonia com o sentimento simbólico e patriótico, em um texto prosaico com divertidas controvérsias semânticas, uma verdadeira pérola resgatada de sua memória fabulosa, evocando sua terra natal. Sem meias palavras, seu irmão “Transmontano” é apresentado, já adulto e fazendo da sua existência, a nobre função de pensar (filosofar) tudo o que o Neves transforma, depois, em metáforas concretas para a sua vida.
Mantendo nosso foco na divertida leitura do saudosista e espirituoso texto, onde o Neves discorre sobre íntimos pensamentos das vacas no pasto e enaltece os labores e hábitos campesinos de seus familiares em Sampaio, vemos que na última parte de “Entendeu”, o Neves (JCN) reclama da falta de memória do amigo Transmontano, conectando, sem firulas, o passado e o presente semântico da palavra (“conho”), ao que se sabe, uma palavra de origem espanhola.
Seria essa uma sutil revelação sobre a origem espanhola do Transmontano, que sempre conhecemos como o amigo lusitano do Neves?
Brincadeiras à parte, o texto mostrou curiosidades da língua portuguesa, que parte das vezes, brincadeiras nos parecem.

Aprecie um trecho de "Entendeu?"
                                
  
                     ENTENDEU?
Eu sei que estão a falar bom português                             
Então, por que se entende tão pouco?
 (JCN)

“A aventura semântica foi reduzida a uns poucos vocábulos e expressões, e o mais surpreendente foi constatar o quão pouco o meu amigo (o Transmontano) reteve na memória daquela época. Isso deu-lhe também a certeza do quanto é necessário exercitá-la para mantê-la viva, mesmo sabendo que também é saudável descartar lembranças que possivelmente não lhe serão mais úteis, pela sua falta de uso. Mas, memória é História, e esta não pode ser descartável, ou não haverá conhecimento. Conho! Isso pouco importa; importante mesmo é linkar, e porque não ligar, ou conectar, ou associar, ou unir? - o passado e o presente, e compreender todas as épocas. Ou não saberíamos que levar uma pica no rabo é apenas tomar uma injeção nas nádegas; ou, ainda, que a delicada boceta da rapariga é só a caixinha de joias da jovem adolescente. Entendeu?”

(JCN – JAN – 2007)



Sobre Fernando Pessoa (1888-1935)

Teria o espírito de Fernando Pessoa incorporado no amigo Neves nesse texto? Ou, diria, mais apropriadamente, o espírito do heterônimo de Pessoa, Alberto Caieiro da Silva, estaria nas narrativas campesinas do Neves?
Certa feita, a modéstia do Neves recusou a comparação que fiz-lhe com o grande escritor português, quando,  ao seu jeito, explora com maestria os recursos de estilos utilizados por Pessoa. Confira no próximo tributo, em “Batalha de Galos”.


(j.nagado-30.11.2016)

(continua)

TRIBUTO AO NEVES (J.C.N) - 1. INTRODUÇÃO (20.12.16)




(TRIBUTO AO NEVES E AO TRANSMONTANO)

Esta homenagem ao amigo José Carlos Neves, prevista desde 15.12.2015, foi postergada em todo o decorrer deste interminável e angustiante ano de 2016, à espera de uma trégua no trágico noticiário político e  econômico e nos escândalos de corrupção que varrem todos os níveis da administração pública brasileira. Mesmo sem essa trégua, decidimos postar este "Tributo ao Neves".

Reconhecer, com humildade e gratidão os sábios conhecimentos que o amigo Neves compartilhou através deste blog e e-mails, tornou-se um TRIBUTO à nossa amizade e um reconhecimento à sua capacidade de discutir o trabalho intelectual, sem melindres, no plano definido pelo seu interlocutor.

O blog Confrarias do Riso (http://licburlesco.blogspot.com) forneceu o registro das manifestações do Neves e de outros colaboradores para a realização desta homenagem.

Ontem, 19.12.2016, ao tomar conhecimento desde TRIBUTO, o Neves escreveu:

"... estou certo que me tributarás na justa medida do mérito, que reconheço pouco, para que eu não tenha que carregar responsabilidades maiores que aquelas que eu mereça. Mas acho que é uma boa ideia fazer uma retrospectiva das nossa tertúlias, tenham sido elas domingueiras, ou semaneiras. Não esqueci da SAIL, mas lembro dela apenas como um sonho de uma noite de verão. (SAIL - Sociedade Amiga dos Inéditos das Letras) 


Tributo a José Carlos Neves (JCN)

 Introdução

 “A gente não faz amigos, reconhece-os.”
 Garth Henrichs. (1903-2002), pensador existencialista.

A frase acima, colocada no final de um texto (“Amigos”), de autoria ainda contestada, tornou-se emblemática para reconhecermos um amigo, dentre outros tantos, igualmente portadores de valores e méritos que tocam ao sentimento humano da   amizade.  

Este é um tributo a um grande amigo e escritor, a quem concedo, por ser mais velho que eu (nasceu em abril e eu em setembro de 1945), a declaração desta amizade, reconhecida pela Fé Cristã, nesta terra de Santa Cruz.

É ele José Carlos Neves – o Neves, Transmontano, nascido na localidade de Sampaio, escrivão do perene tratado de amizade registrado no meu livreto “Quadros e Haicais – Haicais na Pintura”, onde escreveu (a.D.2014) um falacioso Prefácio, pelo qual rogamos eternas desculpas aos leitores desse livreto.

O Neves escreveu: 

“Conheci o José Nagado como meu cliente, há uns 4 ou 5 anos. Eu, transmontano, com uma mercearia oriental. Ele, de origem oriental, à procura de produtos lusitanos, descobriu a minha loja.
Lusitana, ou melhor, Cabraliana, essa conjunção, onde a procura (do caminho das Índias) resultou na descoberta de   novos horizontes intelectuais.  Nada mais natural, claro!
Mas, importante mesmo foi a descoberta de interesses comuns pela literatura, filosofia e artes. A sua formação de engenheiro não só não impediu, mas fez dele um construtor de rigor matemático na arte da boa linguagem, e crítico feroz dos permanentes atentados à língua portuguesa, venham eles de eruditos ou de simples mortais. Mais daqueles que destes.”
...
Decorridos dois anos do lançamento do livreto, as falácias contidas no prefácio, ainda coram o meu rosto de vermelho do pudor, pelas palavras fantasiosas que a minha covardia permitiu registrar, incólume, repleta de exageros do amigo lusitano. Esperava, sim, que a erudição do escriba Neves levasse esse Prefácio através das sábias palavras de Cícero (Marco Tulio Cícero; 106 a.C. – 44 a. C) em “Saber Envelhecer”, mas transitou pelas cores da emoção, fazendo-me refém de elogios que o mesmo Cícero colocou na boca de um amigo, em “Amizade”.

(Nota: “Saber Envelhecer” e “A Amizade” / Marco Tulio Cícero Tradução de Paulo Neves – Porto Alegre: L&PM, 2012 Coleção L&PM POCKET)

Tributo à Amizade

“Tributo ao amigo Neves” compartilha nossa reciprocidade de gostos e trocas de atenções perante os textos aqui apresentados, especialmente no âmbito da filosofia, literatura e artes. Esta reciprocidade de gostos, sem dúvida, faz parte do “Tributo a amizade”, resgatado nas lições de Cícero sobre a amizade.

A exposição dos textos, incentivada pela curiosidade intelectual de amigos, foi compartilhada através de e-mails ou através do blog Confrarias do Riso, que edito desde 2011.  

O intelectual Neves lastreou, com sua imensa cultura e conhecimentos, os textos aqui discutidos, comentados e compartilhados.

(josé nagado - 02.12.2016)




(continua)