Cassio Carvalheiro

sábado, 25 de janeiro de 2014

CRÔNICA - FOTOS DE SÃO PAULO - 2001


CRÔNICAS  ANACRÔNICAS - Amo São Paulo - 510 anos !

FOTOS DE SÃO PAULO  (José Nagado) 

1959 ... vim para São Paulo com treze anos de idade!. Cheguei a andar de bonde "camarão";  joguei  em campos de futebol de "várzea"; trabalhei como office-boy  em escritórios no centro velho; estudei em Colégio do Estado (I.E. Antonio Firmino de Proença); trabalhei em grandes empresas (Banco Moreira Salles, SKF, VASP); vi São Paulo iniciar a construção do seu Metrô;  formei-me na Escola de Engenharia Mauá, em 1971; vi grandes mudanças no centro e na periferia... 
Fotografei  São Paulo para poder falar um pouco das mudanças que vi  e para um dia poder contar para meus filhos e netos. 


FOTOS DE SÃO PAULO

Era um domingo, dia em que, com as ruas mais tranqüilas, gosto de caminhar, às vezes de máquina a tiracolo, fotografando São Paulo.

Meu roteiro, dessa vez, incluía a Avenida São João , a Praça Marechal Deodoro, Elevado Costa e Silva, Avenida Ipiranga, Anhangabaú , Teatro Municipal e finalmente a Praça da Republica.   

Enquanto caminhava, fotografando (clic) aqui e ali, lembrava da São Paulo dos anos 60. Com exceção do horroso (clic) Elevado Presidente Arthur da Costa e Silva, construído no início da década de 70, quase quarenta anos atrás estaria vendo as mesmas construções, quando eu e meus amigos caminhávamos pela (clic) avenida São João , indo ao Estádio do Pacaembu, para ver o futebol  nas tardes de domingo.

O elevado Costa e Silva, interditado para veículos aos domingos, atrai gente que vai andar a pé ou de bicicleta. Asfalto negro das pistas, calçadas cinzentas , nenhum jardim ou árvore sobre o elevado. Verde, só olhando para as ruas, avenidas e praças marginais (clic). É muita feiúra, com seu traçado sinuoso, interligando as zonas Leste e Oeste de São Paulo. É o chamado “Minhocão”, que seus tristes moradores vizinhos um dia tiveram que engolir, das janelas de seus apartamentos na Avenida São João.

Foi um alívio sair do “Minhocão”e ir para a “Cinelândia”, como era conhecida aquela região próxima das avenidas São João e Ipiranga, e da Praça da República, onde ficavam bons e grandes cinemas de São Paulo. Rever velhos cinemas como o Olido , Ipiranga (hoje cada um com duas salas de cinema), Marabá e Paissandu, é claro, me lembraram programas com alguma namoradinha ou com aquele bandão de garotos farristas que algumas vezes acabava expulso do cinema.

Caminhando pela São João, no sentido do Anhangabaú, logo chego (clic) à praça Júlio de Mesquita, hoje um local até bem conservado, a marcar com dignidade a confluência da Alameda Barão de Limeira com a Avenida São João. Belos e antigos prédios (clic) ladeiam a praça com seu chafariz ornado de lagostas. Naqueles velhos tempos, ali perto ficava a zona do Lixo, com seus cinemas de quinta categoria que exibiam filmes pornôs e suas casas de prostituição. Mas o meu roteiro não era por ai.

Onde antigamente era o cine Metro, atualmente é uma dessas igrejas que
Exploram o proselitismo religioso simplório por todos os cantos da cidade. Metro, Majestic, Windsor e outros cinemas deixaram de existir com o advento dos pequenos cinemas localizados nos grandes Shoppings.

O cruzamento da Avenida São João com a Avenida Ipiranga continua a mesma “poesia concreta”de “Sampa”de Caetano Veloso, e da esquina ainda se pode ver (clic) a fachada do antigo salão de danças na Avenida Ipiranga, onde o boêmio dos meus vinte anos uma noite ousou botar o pé, mesmo sem saber onde botar o pé num samba bem sacudido.Nenhum dos meus amigos podia me gozar. Ninguém sabia nada disso.

Nunca deixo de fotografar as Igrejas que encontro pelo caminho. No largo do Paissandu a Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (clic) continua da cor amarela, encardido. Uma banca de revista bem em frente à igreja atrapalhou a execução da foto. Cartazes de propaganda de políticos também. É preciso muita atenção para não poluirmos nossas fotos com essa propaganda. Toda a cidade está cheia de propaganda eleitoral para a eleição de prefeito e vereadores, em Novembro.

O calçadão da Avenida São João começa logo após o cruzamento com a Rua Conselheiro Crispiniano. Os prédios desse pedaço (clic), não sei porque, me lembraram a São Paulo da garoa, prosaica marca da cidade, quase inexistente quando cheguei por aqui, em 1959. O velho prédio onde ficava o Conservatório Musical de São Paulo (clic) está todo deteriorado, com tapumes. Parece que logo vai ser demolido.

O prédio (clic) dos Correios, na esquina com o Parque do Anhangabaú , destaca-se bastante na paisagem local. O calçadão termina num mirante donde se pode ver todo o Anhangabaú e os edifícios (clic) do Banespa, do Martinelli e do Banco do Brasil, que estamos acostumados a ver em muitos cartões postais de São Paulo.

O Cine Cairo (clic), resiste bravamente ainda, no Anhangabaú, hoje um enorme calçadão, o Parque Anhangabaú, sob o qual cruzam as avenidas Prestes Maia e a Avenida Vinte e tres de Maio.

O Parque do Anhangabaú e a Praça do Teatro Municipal são uma festa para a nossa Câmera (clic, clic, clic, clic....)

A caminho do local onde  estacionei meu carro, passo pela Praça da República, repleta de pintores. Lá, quadros com cenas vigorosas de cavalos em movimento e caravanas árabes montando camelos pelo deserto modorrento, acabaram fixados (clic) em foto, com o artista e o barrete que o caracteriza em recortes de jornais, expostos junto aos quadros. Sua maneira de alardear a fama que já conquistou.

No fim da praça , quadros com vistas de São Paulo (clic) motivam uma prosa com o seu pintor, boêmio, gaúcho de nascença, paulista de coração, que aprendeu cedo a realidade das ruas da cidade, nas pensões baratas da boa do lixo, nas noitadas dos bares e boates da região, num tempo que não era difícil amar São Paulo.

J.N – 16/02/01.
                                                                                                                                                             


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

P.001.2014 – PAULO LEMINSKI



P.001.2014 – PAULO LEMINSKI


Paulo Leminski, Curitiba  (1944 – 1989), poeta concretista, romancista, tradutor, compositor, biógrafo e ensaísta. 

Uma pequena introdução ao haicaísta mais importante do movimento concretista.

Em Haicais e o Burlesco – link :
citamos: “ Paulo Leminski, na esteira do interesse e divulgação do Zen budismo (1960) promoveu a leitura mais recente do haikai no Brasil.” (ref.  “Haikai – Antologia e História” - Paulo Franchetti, Elza Taeko Dói e Luiz Dantas - Editora da Unicamp – (1996) – Campinas - SP


O concretismo, onde transitou Leminski, teria desencadeado as  influências da tradição do haikai japonês sobre o poeta. Os concretistas vivenciam a aplicação da teoria do ideograma chinês à poesia na obra de E. Pound. A linguagem concentrada do haikai, por sua vez,  redunda na comunicação rápida e urgente perseguida pelo espírito objetivo e contemporâneo dos concretos.(Mallarmé, Pound, Oswald, etc).Leminski, imerso nas trilhas de Pound estudará, posteriormente, a tradição do poema japonês.

Leminski chega ao concretismo pela afinidade com os teóricos do movimento no tocante à acepção criativa das teorias e ideias advindas dos clássicos do concretismo. (Ref. * Ensaio: PAULO LEMINSKI: UM CONCRETISTA DISTRAÍDO - Lidiane Alves do NASCIMENTO (CAPES)1; Solange Fiuza Cardoso YOKOZAWA2 - Universidade Federal de Goiás )

HAICAIS DE UM CONCRETISTA.

duas folhas na sandália
o outono
também quer andar

a noite - enorme
tudo dorme
menos teu nome


madrugada bar aberto
deve haver algum engano
por perto


(Paulo Leminski (1944-1989)




Texto semiótico de um Concretista

O ASSASSINO ERA O ESCRIBA  (DE CONTOS SEMIÓTICOS)

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como  um paradigma da
1a. conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava
Um jeito assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era  possessivo  como  um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conetivos e agentes da passiva,
O tempo todo.
Um dia,  matei-o  com um objeto direto na cabeça.
(Paulo Leminski)
(ref. Toda Poesia – Paulo Leminski-COMPANHIA DAS LETRAS  – São Palo  (2013)

Comentários (de Ref.*)

“afinidade com Mallarmé, Pound, Oswald e outros poetas que alicerçam a base de construção do movimento da poesia concreta.”

“o poeta mistura o rigor (objetividade) do Concretismo com o jogo do humor, ponto de fuga dos modelos sistêmicos, dessacralizador dos valores vigentes na sociedade moderna, que dele se acerca”.

”É necessário sempre atentar para as confluências que perfilam a ambigüidade da poesia leminskiana, pois, de um lado está o Leminski comprometido com os rigores da linguagem, de outro, o brincador, de anarquias e deboches com o fazer poético.”

“Cumpre, neste momento, para entendermos a ligação de Leminski com a vanguarda concreta, alinhavar um percurso de retorno que nos leve a conhecer, mesmo que de passagem, a história desse movimento vanguardista, suas pretensões, as mais pretensiosas e mais legítimas, suas realizações contributivas para a poesia brasileira, de forma a verificarmos como Paulo Leminski, o poeta à margem de todas às escolas, dialogaria, por ora, com as idéias desse grupo que irromperá em São Paulo.”

“O concretismo influencia Leminski também no que tange ao feito de instigar sua disposição poética para o humor, pois alguns dos preceitos do movimento, assentes em sua poesia, subsidiam o exercício de (des)montagem de palavras sobre o branco do papel, brincadeira capaz de pôr em jogo relações sintáticas e semânticas, realçar o campo visual, descortinando, assim, a partir do diálogo construção / desconstrução, vários sentidos passíveis de se transmitir o riso. “(Ref. * Ensaio: PAULO LEMINSKI: UM CONCRETISTA DISTRAÍDO - Lidiane Alves do NASCIMENTO (CAPES)1; Solange Fiuza Cardoso YOKOZAWA2 - Universidade Federal de Goiás )

José Nagado (17.01.2014)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

CRONICA - O CRONISTA NOSSO DE CADA DIA (José Nagado 19.04.2001)



O CRONISTA NOSSO DE CADA DIA 

Gosto de reler esta crônica, saudosa lembrança de Rachel de Queiroz e Daniel “Sinopse” Piza que já morreram e de outros jornalistas como o Matthew Shirts, José Castelo, Mário Prata,  Mauro Dias, Ignácio de Loyola, João Ubaldo “PONTO DE VISTA” Ribeiro e  VERÍSSIMO Família Brasil, que igualmente assinavam suas colunas no Caderno Dois do Estadão, no ano de 2001.
Ignácio de Loyola, João Ubaldo  Ribeiro e  VERÍSSIMO continuam no “Caderno Dois”, escrevendo suas brilhantes e interessantes crônicas.  
Brevemente apresentarei neste Blog duas crônicas (não anacrônicas) distinguindo dois grandes colunistas do atual time do Caderno Dois: Lúcia Guimarães e Ignácio de Loyola.




O CRONISTA NOSSO DE CADA DIA – (José Nagado 19.04.2001)

   Hoje mudei minha rotina. Acordei cedo para levar minha filha ao fisioterapeuta, tomei uma média e pão com manteiga numa padaria e ainda não li meu jornal. São nove horas da manhã, já revisei minha penúltima crônica e estou iniciando esta. A crônica mais recente ainda está em período de incubação, para não dizer de “acabação”, quando acabo mudando metade do que escrevi.

   Se você está achando que escrevo crônicas para jornais, está enganado. Gosto desse gênero de literatura e escrevo crônicas pelo prazer de escrever. Lia crônicas de Rachel de Queiroz na antiga revista “O CRUZEIRO” antes de saber que eram crônicas, mas que com certeza, me levaram ao prazer de sua leitura em jornais, revistas e livros. 


   Admiro a capacidade daqueles que conseguem manter leitores cativos com sua crônica diária ou mesmo semanal. Escrever uma crônica por semana parece ser  coisa simples, mas não é. Consegui isso durante dez semanas e depois, mesmo tendo disponibilidade de tempo, fiquei duas semanas bloqueado. Nesse tempo tentei desenvolver dois temas, para os quais já havia feito anotações suficientes para escrever várias crônicas. Não consegui. Foram duas semanas terríveis, sem inspiração para escrever crônicas. Comigo, isso ocorre algumas vezes, por dois ou três dias. Duas semanas foi demais.

   Sou o leitor solitário das crônicas que faço. E também crítico impiedoso de mim mesmo. Um haicai meu “elogia” minhas próprias crônicas: “Crônica insôssa/Pedante, impertinente/Inútil e tôsca”. Além disso, minhas crônicas são pesadas, demoradas. Falta à minha crônica aquela linguagem leve e rápida do prosador acostumado a narrar, descrever, refletir, argumentar, filosofar e outras exigências que esse gênero consagrou.

   De segunda a sábado, no Caderno Dois, o time de cronistas do “Estadão”, alimenta impiedosamente essa minha impressão. Vejo o cronista nosso de cada dia com o seu “pãozinho” quentinho, pronto e acabado, para que nos deleitemos ao café da manhã. Cada um no seu estilo, serve humor, sutileza e inteligência extraídos de aspectos cronicáveis somente capturados por sua argúcia, em temas aparentemente corriqueiros ou noticiários locais ou internacionais.

   Quem, senão Matthew Shirts, poderia ter visto “O futuro dos mulherengos nos EUA” e contado para nós numa segunda feira? Tudo embalado com a cultura folhetinesca americana, pronto para o leitor jactar-se do seu   conhecimento da vida na terra do Tio Sam em qualquer   “papo cabeça”.

   Na terça-feira, um José Castelo apresenta, por exemplo, seu “Para que servem as crianças?“. Você reflete: Para que serviria uma crônica desse tipo? Chamar sua atenção para problemas que o noticiário dos jornais trata friamente ou até reforçar seus argumentos sobre uma questão social naquelas reuniões (chatas) de pais e mestres da escola do seu filho, ou quem sabe, torná-lo  mais sensível e receptivo nas relações com outros seres humanos, instigar sua inteligência emocional, como diria o consultor em QE. 

   Na quarta-feira, você acorda e lembra que tem a feijoada no almoço com os amigos. Péssimo hábito de muitos brasileiros, a feijoada da quarta-feira. Seu cronista do dia, Mário Prata, brinda você com um “Quebra de Sigilo Cerebral” ou então, com um “Os ladrões”.  Humor fino: Sigilo bancário e sigilo cerebral, quem deixaria de sacar as sutilezas e afinidades dos temas? Profissionais da gatunagem, gente fina os ladrões de antigamente. Seus músculos faciais estarão preparados para rir e seu fígado para trabalhar relaxado, durante e após aquele banquete de colesterol, nas conversas bem humoradas que rolarão com os seus amigos.

   Chega a quinta-feira, e você está com problemas que se acumularam durante a semana. Você lê a crônica do Mauro Dias e de repente, cai a “ficha“. Disfarçado numa ficção do cronista, você apanha um gancho ou uma idéia luminosa para resolver um dos seus problemas.  Em “Notas sobre a arte de transplantar problemas” Mauro Dias, nos faz refletir sobre os viadutos que construímos (foi o Pita, ex-prefeito de São Paulo) pensando que estamos resolvendo um gargalo do trânsito, quando apenas estamos (foi o Pita, repito) transplantando o problema para algum ponto logo adiante. Que isto não se repita.

   Finalmente chega Ignácio de Loyola Brandão, digo, chega a sexta-feira. Você terá um longo dia de trabalho, vários problemas a resolver ou metas ainda a cumprir. Mas você tem tudo organizado na sua cabeça. Como uma crônica do Ignácio de Loyola. Tem o conhecimento necessário do assunto, das circunstâncias que deverão ocorrer, das sutilezas comportamentais, e finalmente, do resultado esperado ou direção que deverá dar ao trabalho (ou à crônica, no caso do Loyola). “Só quero um pouco de silêncio”, “Ladrões de hoje, ladrões de Séculos”, “Ele (o sapo) veio trazer a felicidade ?”, são alguns dos exemplos de crônicas do Ignácio. Do mestre Ignácio. (lembrando sua Oficina Literária, onde orienta novos escritores). Depois de tanto trabalho, no barulhento “happy hour”, você nem vai se lembrar dos impostos que levam seu dinheiro para enriquecer ladrões dos cofres públicos (os Lalaus da vida) e vai ficar feliz quando o garção (o sapo) vier rapidamente trazendo seu chope geladinho.

   O gostoso da sexta-feira é a expectativa de um relaxante fim de semana. Em casa ou na praia, o fim de semana começa no sábado com a Velha Amiga Raquel. (escreve-se Rachel, como antigamente). Suas crônicas, como a “Velha Amiga”, “O milênio, o rural e o urbano”, “Tragédia no mar” nos trazem a calma sabedoria de quem viveu quase o século passado inteiro e adentra este novo século (e milênio) como uma sólida referência de duas ou três gerações de leitores de crônicas. É preciso dizer mais?

   Só mais um pouco. Peço desculpas ao iletrado (“Escrevendo Muderno”)João Ubaldo PONTO DE VISTA Ribeiro por não falar dele, que nos obriga a lê-lo aos domingos. Igualmente para o Daniel SINOPSE Piza, que me lembra Fernão Lopes, guarda-mor da Torre do Tombo, também nomeado cronista-mor do reino de D.Duarte e para o VERÍSSIMO Família Brasil, brasileiro de verdade, que acredita no seu povo (Devem existir poemas de Eurico Miranda). Trabalhador, todos os dias tem crônica sua no “Estadão”. 

   Sexta-feira, faz calor, parece verão. “Nas tardes de verão/ O chope bem gelado/ Tomo no balcão”.

Fui.

José Nagado – 19/04/01