Cassio Carvalheiro

domingo, 28 de dezembro de 2014

POST 08.2014 – “QUADROS E HAICAIS – Haicais na Pintura” - Agradecimentos

POST 08.2014 – “QUADROS E HAICAIS – Haicais na Pintura”


Lançamento

Encerrado com sucesso o lançamento do livro “Quadros e Haicais – Haicais na Pintura” – (Posts no blog: 05,06 e 07 de 2014).

Agradecemos a todos os que participaram de eventos ou que nos enviaram mensagens de apoio ao lançamento deste “Quadros e Haicais”.

Realizados em três ambientes distintos, cada evento, além de brindar o lançamento do livro foi a oportunidade de um alegre reencontro com velhos amigos e a realização de novas amizades.


Eventos realizados

25.10.14 - Escola de Artes - Conservatório Musical Jardim América – S.Paulo
22.11.14 - Café Sans Souci - Maison Geneve – Campos do Jordão
11.12.14 - Auditório do Edifício Rubi – Praça da Arvore - São Paulo   






Fotos de cada evento serão postadas no Facebook, oportunamente.





Uma apresentação


A coletânea “Quadros e Haicais - Haicais na Pintura” tem seus objetos contextualizados envolvendo a temática e a estética de cada Quadro. O haicai procura a concisão no próprio quadro: “é antes a arte de, com o mínimo, dizer o suficiente”.

Reunida entre os anos 2001 e 2003, os vinte quadros e haicais desta coletânea conservam hoje a mesma preocupação estética, sob o olhar que observa a impermanência das coisas simples cultivadas pelo homem.

A simplicidade de cada conjunto – quadro e haicai – destaca a poética e o despojamento do haicai em seu “momento de composição”.

O Haicai, poesia de origem japonesa tem adquirido recentemente uma perspectiva à brasileira, mantendo versos de (5,7 e 5) sílabas em um ambiente livre de convenções estéticas muito rígidas.

Fizemos uma apresentação em mp4   para homenagear as pessoas que contribuíram de forma decisiva na realização dos eventos. Para assistir a essa apresentação, clicar no link:
                                      


Final: desejamos a todos um grandioso Ano Novo, com muita Paz, Saúde e Sucesso

José Nagado (28.12.2014)




terça-feira, 25 de novembro de 2014

POST 07.2014 – “QUADROS E HAICAIS" em São Paulo

POST 07.2014 – “QUADROS E HAICAIS" em São Paulo  



Agradecemos aos amigos pela agradável tarde de autógrafos realizada no dia 22.11.2014, com o apoio cultural do Café Sans Souci – Maison Génève, da cidade de Campos do Jordão.  (POST 06.2014 – “QUADROS E HAICAIS" em Campos do Jordão). 




Encerrando os eventos programados para o lançamento do livro “Quadros e Haicais – Haicais na Pintura” - (Editora Perse.2014), convidamos a todos para a Tarde de Autógrafos que será realizada em SÃO PAULO, no dia 11 de dezembro próximo, a partir das 12 horas. (convite abaixo).


CONVITE PARA A
Tarde de Autógrafos do livro
“QUADROS E HAICAIS – Haicais na Pintura”
José Nagado

Local: Auditório do Edifício Rubi – fone: 5071-4613 (Sr. Jaime)
R. Orissanga, 26 – Praça da Arvore - cep 04052-030 - São Paulo   
Data: 11 de dezembro de 2014 – 5ª. Feira - 12 às18 horas.

José Nagado apresenta uma inédita coletânea de seus quadros e haicais, aliando as respectivas contextualizações e reflexões à temática e a estética envolvidas em cada quadro. O haicai procura a concisão no próprio quadro: “é antes a arte de, com o mínimo, dizer o suficiente”.
O Haicai, poesia de origem japonesa tem adquirido recentemente uma perspectiva à brasileira, mantendo versos de (5,7 e 5) sílabas em um ambiente livre de convenções estéticas muito rígidas.   
A simplicidade do conjunto - imagem e haicai – destaca a poética e o despojamento do haicai em seu “momento de composição”.
Autor                     Contato: (11) 982972567 – (11) 50817848 – e-mail: j_nagado@hotmail.com
José Nagado         – criador e editor do blog Confrarias do Riso – http://licburlesco.blogspot,com


(jn - 11.12.2014)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

POST 06.2014 – “QUADROS E HAICAIS" em Campos do Jordão - 22.11.2014

POST 06.2014 – “QUADROS E HAICAIS" em Campos do Jordão 


Agradecemos aos nossos amigos pela presença à manhã de autógrafos  realizada no dia 25.10.2014, com o apoio cultural da Escola de Artes - Conservatório Musical Jardim América. (POST 05.2014 – MANHàDE AUTÓGRAFOS DE “QUADROS E HAICAIS – Haicais na Pintura”)

Dando continuidade aos eventos programados para o lançamento do livro “Quadros e Haicais – Haicais na Pintura” - (Editora Perse.2014), convidamos a todos para a Tarde de Autógrafos  que será realizada em Campos do Jordão, no dia 22 de novembro próximo, a partir das 14 horas. (v. convite abaixo)


CONVITE PARA A 

Tarde de Autógrafos do livro

“QUADROS E HAICAIS – Haicais na Pintura”
José Nagado

APOIO CULTURAL: Café Sans Souci - Maison Geneve 

Local: Av. Dr. Januário Miraglia 3260 – Jaguaribe -
Campos do Jordão - fone: (12) 3663-3922
Data: 22 de novembro de 2014 – Sábado -  a partir das 14 horas.

O autor José Nagado, assíduo visitante de Campos do Jordão desde o ano de 1997 , apresenta uma inédita composição de seus quadros e haicais, aliando contextualizações e reflexões sobre as pinturas e haicais correspondentes. A essência dessas contextualizações envolve a temática e a estética de cada Quadro. O haicai procura a concisão no próprio quadro: “é antes a arte de, com o mínimo, dizer o suficiente”.

Reunida entre os anos 2001 e 2003, os vinte quadros e haicais desta coletânea conservam hoje a mesma preocupação estética, sob o olhar que observa a impermanência das coisas simples cultivadas pelo homem.

Esta perspectiva da pintura, vista através da simplicidade poética dos haicais, resultou em “uma qualidade simples das composições, causando boa impressão o conjunto de imagens e haicais”, tendo como cenário o momento da composição dos haicais.

O encontro entre a pintura e o Haicai, essa tranquilizante poesia de origem japonesa, coincide com a busca de um ambiente de paz e harmonia almejado pelas pessoas e este evento em Campos do Jordão propiciará esse momento.  

Contato: (11) 982972567 – (11) 50817848
José Nagado – criador e editor do blog Confrarias do Riso – http://licburlesco.blogspot,com

Contatos Sans Souci: Srta. Narita  - Sr. Thiago (12) 9.8113-6060
(jn - 10.11.2014)

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

POST 05.2014 – MANHA DE AUTÓGRAFOS DE “QUADROS E HAICAIS – Haicais na Pintura”


POST 05.2014 – MANHA DE AUTÓGRAFOS DE “QUADROS E HAICAIS – Haicais na Pintura”

V. está convidado para o Lançamento e Manhã de autógrafos do livro “Quadros e Haicais – Haicais na Pintura” - (Editora Perse.2014), que será realizado na Escola de Artes - Conservatório Musical Jardim América, com tradição de mais de 50 anos no ensino de Música e seus instrumentos, Artes Plásticas, Dança, Teatro e Cursos para a Terceira . Idade. O Conservatório terá um  brinde para o leitor. 

Postagens abordando o Haicai, essa tranquilizante poesia de origem japonesa, atualmente muito divulgada por diversos autores, coincide com o momento de busca de um ambiente de tranquilidade almejado pelas pessoas, foram citados no blog  Confrarias do Riso.

O lançamento de "Quadros e Haicais" foi anunciado nos links:

(http://licburlesco.blogspot.com/2014/09/post-042014-lancamento-de-quadros-e.html),


CONVITE PARA O 

Lançamento e Manhã de autógrafos do livro

“QUADROS E HAICAIS – Haicais na Pintura”
José Nagado

Local: Escola de Artes - Conservatório Musical Jardim América
Endereço: Av. Bosque da Saúde, 2170 – São Paulo - CEP: 4142-082
(a 50 m. da Avenida da Cursino) - fone: (11) 5061.1997
Data: 25 de outubro de 2014 – das (9 às 12) horas da manhã

O autor José Nagado, ex-aluno do Conservatório, apresenta uma inédita composição de seus quadros e haicais, aliando contextualizações e reflexões sobre as pinturas e haicais correspondentes. A essência dessas contextualizações envolve a temática e a estética de cada Quadro. O haicai procura a concisão no próprio quadro: “é antes a arte de, com o mínimo, dizer o suficiente”.
Esta perspectiva da pintura, vista através da simplicidade poética dos haicais, resultou em “uma qualidade simples das composições, causando boa impressão o conjunto de imagens e haicais”, tendo como cenário o momento da composição dos haicais.
Reunida entre os anos 2001 e 2003, os vinte quadros e haicais desta coletânea conservam hoje a mesma preocupação estética, sob o olhar que observa a impermanência das coisas simples cultivadas pelo homem.

Contato: (11) 982972567 – (11) 50817848
José Nagado – criador e editor do blog confrarias do riso – http://licburlesco.blogspot,com
Observação: Outro evento em São Paulo está sendo previsto para o mês de novembro.  
(jn - 10.10.2014)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

CRÕNICA (ANACRÕNICA) - A SIMPLICIDADE PERDIDA



Crônica - A Simplicidade perdida

Ontem lembrei-me desta antiga crônica,  após conversar com a senhora que faz o serviço de faxina aqui em casa, duas vezes por mês. Gente simples, vinda do nordeste, com o marido doente, depende de salário-família. Um irmão dela, lá na terra de Lampião, também recebe todos aqueles benefícios sociais com que o governo comprou milhões de votos da população carente junto com a sua 
dignidade. Nossa ajudante, melhor informada da situação do País, já disse que não vai votar no PT. O irmão lá no nordeste diz que o "Governo rouba mas faz" e vai continuar a votar no PT. 
A dignidade da pobre mulher desta crônica, que  jamais recebeu qualquer esmola do governo, deveria ser um exemplo para todos os brasileiros. 

.


A SIMPLICIDADE PERDIDA


Um amigo telefona para convidar-me para uma pescaria no Canal do Mar Pequeno, em Iguape, litoral Sul do Estado de São Paulo, onde ele estivera pescando duas semanas atrás. A pescaria fora muito boa e isto o animou a retornar, tão logo passasse o efeito das chuvas que caíram na região. Nessas ocasiões, as estradas de terra batida vizinhas ao Canal do Mar Pequeno, ficam quase intransitáveis. 

Estive no Canal do Mar Pequeno, há uns quinze anos atrás, para uma pescaria com um grupo de amigos. Para chegar ao local, tomamos uma dessas estradas de terra batida que sai à direita da estrada SP-222, logo que se cruza o rio Ribeira de Iguape. Havia chovido durante a semana e a estrada estava lamacenta. Pelo caminho, havia apenas alguns casebres aqui e ali, e de vez em quando passavam caiçaras de pés no chão carregando o palmito colhido nas matas da região. Tudo era muito pobre, com exceção dos ranchos de pescadores amadores, que proliferam na região.

Instalado num desses ranchos, pequeno mas confortável, com ampla sala, cozinha e banheiro e dois quartos, fui dar uma olhada no Canal, que ficava a menos de duzentos metros da casa. Diversos barcos de alumínio ou madeira estavam em volta da casa, que tinha também uma extensão onde ficavam os motores, as varas e demais materiais de pesca.  A tarde era chuvosa e quase não se via o outro lado, a Ilha Comprida, que se apresentava como um vulto separado pela água escura e um pouco agitada do canal. Dois meninos na beira lamacenta do canal caçavam siris, talvez o jantar do dia seguinte ou alguns cobres (cruzeiro novo em dinheiro tupiniquim) pagos por viajantes à beira da estrada.

O jantar, fora de série, parecia ter sido feito por um cozinheiro internacional. Nada a dever. Peixada, é claro, refinada e muito saborosa. O caseiro e sua mulher tinham aspecto simples e limpo, e trabalhavam rápida e silenciosamente. Eficientemente, iguais a caseiros de casa rica de novela da TV Globo. Aliás, na primeira vez que ouvi aquela mulher falar, foi quando alguém lhe perguntou onde aprendeu a fazer aquela peixada. “Foi no programa de culinária na televisão”, respondeu, singelamente, e pediu licença para voltar à cozinha. O caseiro, aproveitando o descanso do pessoal após o jantar, já estava conversando com o dono da casa sobre os barcos, motores e quantidade de iscas que deveria providenciar para a pescaria da manha seguinte. Tudo muito profissional e bem pago, pelo que soube.

A pescaria foi muito boa. À tarde, após o almoço, outra demonstração de refinamento culinário dos caseiros, avisei o meu amigo, o dono da casa, que iria até a cidade de Iguape encher o tanque do carro, já que pretendia voltar cedo para São Paulo na manhã seguinte.
O dono da casa me avisou que a caseira precisava de alguma coisa na cidade e lhe ofereci carona. Conversando com a caseira, esta disse que iria pedir à sua mãe para ir comprar um remédio na farmácia e saiu na direção da casa dela, pedindo que passasse lá para pegá-la.

Logo na saída do rancho, alguns metros adiante na estrada de terra batida, ainda mais lamacenta após a chuva da tarde, ficava o casebre de pau a pique da mãe da caseira. Surgiram ambas de dentro da casa, sem porta. Uma senhora velha, de aparência bem judiada, chinelos de dedos, recebia as últimas recomendações da filha, junto com o dinheiro. Um amigo que ia comigo, ajudou a velha mulher a subir no banco de trás do carro, pelo que a mulher agradeceu com um “Deus te abençõe, filho”. Logo que comecei a andar, fez um Sinal da Cruz, aquele gesto respeitoso de pedido de proteção dos católicos à moda antiga, da gente simples do interior.

No caminho, a estrada lamacenta e lisa, me fez lembrar do sinal de devoção da velha senhora. Pedi-lhe: “Se a senhora achar que esta estrada está muito ruim, nós iremos pelo asfalto (SP-222)”.

“Não paga a pena, filho. Por aqui é mais perto”, disse a velha.

Vendo aquela senhora, pobre moradora daquele canto esquecido pelos governos e só visitado por pescadores despreocupados com  aquela pobreza dos caiçaras, tive até vontade de comprar o remédio para ela, num gesto de caridade que certamente seria muito bem recebido por ela. Gente simples e necessitada.

Na entrada da cidade, avistei um posto de gasolina e avisei a velha senhora que encheria o tanque ali e depois iria leva-la até a Farmácia. “Nhor não, filho. Não é preciso. Fico aqui mesmo”.

Desci ao lado da bomba de gasolina e abri a porta do carro para a velha senhora descer. Ela desceu do carro, endireitou o corpo numa postura comicamente altiva reforçada pelas vestes rotas que usava. Pensei que ia agradecer e talvez combinar o retorno.
Antes que eu insistisse em levá-la à farmácia, ouvi dela:

“Obrigada, filho. Quanto devo pela viagem?”

Após alguns segundos de espanto, só consegui falar: “Não foi nada, Vó. Vai com Deus”.



(JOSÉ NAGADO – 25/06/01)













 )

terça-feira, 2 de setembro de 2014

POST 04.2014 – LANÇAMENTO DE “QUADROS E HAICAIS – Haicais na Pintura”


POST 04.2014 – LANÇAMENTO DE “QUADROS E HAICAIS – Haicais na Pintura”

Tenho o prazer de anunciar neste mês de Setembro, o lançamento do livro “Quadros e Haicais – Haicais na Pintura”, pela Editora Perse.   
Iniciado em 2003, este livro foi registrado nas páginas do blog Confrarias do Riso em 2013, passando a ganhar o incentivo de amigos nos seus primeiros passos e onde também ganhou padrinhos que lhe apontaram o rumo a seguir.
Veja a apresentação de “QUADROS E HAICAIS” no link:


Assim, “Quadros e Haicais – Haicais na Pintura”, começou a deixar o obscuro destino de muitos escritos que acabam esquecidos para sempre nas gavetas.
Em 2014, em vias de ser concluído o trabalho de diagramação da editora, um repto aos literatos inéditos foi acrescentado no livro:
“Aos Companheiros de desassossegos literários, para que publiquem seus trabalhos”.  

A ilustração da capa de “Quadros e Haicais – Haicais na Pintura” foi sugerida pelo texto inicial do livro e os textos das duas orelhas e do verso da capa traseira fazem alusão ao conteúdo deste pequeno livro.
Veja e leia a capa e orelhas:


 









DATAS E LOCAIS DE LANÇAMENTO SERÃO INFORMADOS BREVEMENTE ATRAVÉS DO BLOG CONFRARIAS DO RISO, FACEBOOK, ETC


sábado, 2 de agosto de 2014

MINI CRÔNICA - UMA DESPEDIDA




(MINI CRÔNICA - lembrança em um lenço de papel...)




UMA DESPEDIDA

Cheguei com meu pai,
Toquei-lhe a mão gelada.
Seus dedos curvaram-se,
Procurando o calor da minha mão.

Entrevado terminal,
Seus entes queridos
Já não choravam.
Pediam a clemência Divina.

Seus olhos se abriram,
Guardo na minha memória,
E a voz rouca e fraca,
Chamou meu nome

Corpo inerte,
Órgãos falidos,
O cérebro mortiço,
O fim da vida.

A morte.


(J.Nagado-19x4)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

B&F 007.2013 – ref. MODELO ESTRUTURAL DO BURLESCO - (15.07.2014)


B&F 007.2013 – ref. MODELO ESTRUTURAL DO BURLESCO - (15.07.2014)


Este B&F trata do conceito de Modelo Estrutural do Burlesco, através de postagens feitas anteriormente neste blog.
Lembramos que Bergson (1859 – 1941) e Deleuze (1925 – 1995), ambos aqui citados, não poderiam ser notificados do uso de referência às suas obras, mas acredito que    citando-as estarei homenageando-os.
1.    Bérgson, Henri – O riso – ensaio sobre a significação do cômico – Zahar Editores – Rio de Janeiro – 1980
2.    Deleuze, Gilles – Lógica do Sentido – trad. Por Luiz Roberto Salinas Fortes – Editora Perspectiva S.A – São Paulo (2007)

LEITOR: Por incrível que possa parecer, eu me esforcei para fazê-lo rir em alguns pontos deste trabalho. Conte através do blog, quantas vezes v. riu.

POST 01.2013
MODELO ESTRUTURAL - final (1)
http://licburlesco.blogspot.com/2013/01/post-o12013.html
Os textos postados neste Blog, procuram apresentar os conceitos  do Burlesco, com especial atenção as Categorias e Estilos burlescos e fundamentos que os identificam ,  caracterizados por certa lógica, ideologias e comportamentos, destarte existentes no arcabouço do inconsciente do indivíduo.
Na Postagem  09.3000.2012 - BALANÇO GERAL deste blog nos propomos a apresentar a solução da Função  Estilo (b), considerando-se a necessidade de mobilizar nossas  postagens para objetivos editoriais do Burlesco no início deste ano.
A Função Estilo (b)
A partir de considerações sobre um aforismo de G. C. Lichtenberg (“Uma pessoa revela o próprio caráter por sua reação a uma piada”)  construímos o Gráfico FCB -   onde avaliamos Categorias e Estilos de comportamento de indivíduos,  baseado em Fundamentos  e Condicionamentos observados em seu ambiente social.
Criação do  Modelo Estrutural 
A partir dessa visão gráfica chegamos à expressão Estilo (b), a representação matemática desse  Modelo Estrutural, que estabelece a relação entre caráter, tendências e  o estilo burlesco mais eficaz do indivíduo, quando se aplicam aqueles fundamentos  especialmente denotativos para cada estilo. Assim:
Estilo (b) =  Caráter(k) . [C Fundamentos  (n , i)] . [ ∑ tendências (x, j)]
Se lhe tivessem apresentado a expressão matemática do Estilo (b), Lichtenberg teria reconsiderado seu aforismo no âmbito do burlesco e certamente concordaria: “O buraco realmente é mais em baixo”. Isto é, a reação a que Berg se refere , é aquilo que chamaremos aqui  de “estilo mais eficaz”, tratando não só do   caráter (índole, natureza, temperamento) do indivíduo como também das relações com seus  fundamentos burlescos e tendências . Falando do burlesco, Berg teria reeditado seu aforismo da seguinte maneira :
"Uma pessoa revela seu caráter (índole, natureza, temperamento), expondo voluntariamente ou não, suas tendências e inclinações junto com seus  condicionamentos (permissões e bloqueios), quando   utiliza seu estilo burlesco mais eficaz."
Essa frase será mencionada como o “Nexo Berg-Nagado”, e assim reconheceremos modestamente a colaboração do desconhecido Licht, digo Berg.

Gerador de Estilos  
Em adendo à formulação matemática, o Burlesco credita para essa Estrutura o conceito de "Gerador de Estilos", um sistema capaz de gerar (identificar) estilos diversos. Vejamos como a homologia ao conceito de homeóstase justifica essa proposição.

A homologia  
O “Nexo Berg-Nagado”, pela originalidade de conteúdo (e porque não, pelo brilhantismo), certamente demanda uma  teoria que possa dar credibilidade   a tudo que lhe diz respeito, coisa  pouco comum no âmbito vulgar do burlesco. Parafraseando Licht, digo  Berg : “Há  pessoas que acreditam que tudo o que se diz com ar sério é razoável”.
Encontramos a resposta, não menos brilhante para essa questão, nas relações que interligam o conteúdo psicológico do “Nexo Berg-Nagado” ao  conceito fisiológico de homeóstase, reportado na Teoria de Sistemas.(ref.3), na qual o texto do Burlesco  se aprofunda para justificar a homologia entre este Sistema (homeostase) e o sistema constituído pela Estrutura do burlesco.
Neste contexto do burlesco, a condição de equilíbrio é obtida intrinsecamente pela propriedade auto-reguladora da homeóstase, quando o agente do estilo gerado por esse sistema estruturado realiza algum tipo de humor, ao liberar o potencial entre (Caráter x Tendências) e (Caráter x Fundamentos),  definido na Função Estilo (b).
Esta afirmação define, genericamente, as soluções pontuais para a função Estilo (b), isto é,  a solução relativamente a uma base integrada  de Fundamentos (Lógico, ideológico ou comportamental) e traços de caráter correspondentes (v.  Tendências) do estilo observado. Um espectro mais amplo desse estilo poderá ser explorado sob uma nova base de fundamentos. 

Na postagem POST 02.2013 iremos ver o Gozador de estilo Satírico e o seu desempenho com o Princípio lógico do Terceiro Excluído.

(josé nagado - 24.01.2013)



Extrato do post (3. BURLESCO - modelo Estrutural)  
http://licburlesco.blogspot.com/2012/06/3-burlesco-modelo-estrutural.html (28/06/12)
Confirmando o insight de Bérgson, diga-se a bem da verdade, que nossas pesquisas foram obtidas em conversas em bar, no estádio de futebol, no salão de barbeiro, roda de amigos na calçada, na pescaria, e outros lugares nem sempre tão prosaicos, onde as pessoas fazem graça (ou são engraçadas) utilizando-se de jargões próprios ao ambiente, em geral expondo de forma tendenciosa ou    atentatória (e especialmente atentatória), fatos e vícios penosos à vida social.
O fato mais curioso constatado foi que as pessoas são levadas a agir por semelhança ao estilo de um ícone apropriado a determinado ambiente.
Conexões, sugeridas pelo Nexo Berg-Nagado, abrem caminhos para novas proposições e predicados (atributos) do agente, a cada novo estado de coisas (nova realidade). Esta nova realidade fatalmente pode conduzir ao falseamento de predicados reconhecidos anteriormente no dedicado agente. Fato que nos provoca gostosas gargalhadas. Risos)

POST 03.2013 

MODELO ESTRUTURAL - final (3)
http://licburlesco.blogspot.com/2013/01/post-032013.html

A função Estilo (b) cuja solução teria agitado pesquisadores(?) matemáticos, com certeza irá estimular autores que se mostrarem dispostos a enfrentar o uso de conceitos matemáticos, como por exemplo, para prospectar evidências de identidades intrinsecamente histriônicas existentes em "campos burlescos" ainda não explorados. 

Solução matemática da função Estilo (b)  

O comportamento a ser observado, relativamente a uma causa, tem origem na análise conjunta de duas séries derivadas da função Estilo(b), que compõe um sistema gerador de estilos.
A função Estilo(b) = Caráter(k) [D.Fundamentos + D.Tendências] é constituída de duas séries que podem ser analisadas por suas derivadas (d) cujos limites são determinados quando Fundamentos tendem a Zero e quando Tendências tendem a zero.
Assim, podemos dizer intuitivamente que:
- Quando Fundamentos tendem a Zero, as Tendências designam o significado do Estilo. Temos aí o Tendencioso, dominado pelas necessidades, apetites, inclinações, instintos e desejos. (O Psiquiatra de plantão diria: “Eis o psicótico”, e tentaria identificar a psicopatia apropriada ao caso.)
- Quando Tendências tendem a Zero, os Fundamentos caracterizam o nome (significante) do Estilo. Temos aí o Filósofo, pleno de Razão. (O Psicólogo de RH diria:” É um Neurótico, faz tudo como manda o figurino”

DELEUZE, GILLES, em Lógica do Sentido – Editora Perspectiva S.A – S.Paulo (2007) define as condições mínimas de uma estrutura geral.

"1º. São necessárias, pelo menos, duas séries heterogêneas, das quais uma será determinada como “significante” e a outra como “significada” (nunca uma única série basta para formar uma estrutura)".
2º. "Cada uma destas séries é constituída por termos que não existem a não ser pelas relações que mantém uns com os outros. Uma estrutura comporta em todo caso duas distribuições de pontos singulares correspondendo a séries de base".
3º."As duas séries heterogêneas convergem para um elemento paradoxal, que é como o seu “diferenciante”. Ele é o princípio de emissão das singularidades. Este elemento não pertence a nenhuma série, ou antes, pertence a ambas ao mesmo tempo e não pára de circular através dela".


Comentários

Os comentários a seguir auxiliarão o leitor quanto à aplicação da solução matemática da função Estilo (b) apresentada no texto do Burlesco. 
A Lei da Banalização dos Princípios é fundamental para tornar o leitor apto a entender os critérios para caracterizar o estilo burlesco em relação a caráter, fundamentos e tendências (apetites, disposições e inclinações).

A solução dessa função nos permite considerar que:

- Estilo(b) define o estilo burlesco mais eficaz de um indivíduo, a quem se pode chamar de “estiloso”.

- Podemos associar a função Estilo (b) a um “produto” de 3 dimensões (Caráter, Fundamentos e Tendências)  que matematicamente, resultaria  em um “volume” ou “espaço”.

- Então, Estilo (b) pode ser considerado o espaço psicológico ocupado pelo indivíduo.

- Uma vez ocupado esse espaço, não se pode mais  abstrair desse espaço e nem do próprio indivíduo.

- “Espaçoso” é o sujeito que, para desgraça de nós outros,  não se pode abstrair do espaço ocupado por ele. É o próprio. Ele é onipresente, ubíquo, está presente ao mesmo tempo em vários lugares.

- “Substancioso” é o indivíduo  engraçado  cujo conceito permanece real no tempo, como o falecido animador de programas de calouros da TV, Abelardo Barbosa  “Chacrinha” que buzinava nos ouvidos dos calouros reprovados e dizia com propriedade: “Quem não se comunica se estrumbica”.

- Considerando-se suas três dimensões (Caráter, Fundamentos e Tendências), a resolução da função Estilo(b) resulta em um complexo de ações que integram modos de geração do burlesco, respectivamente, intelectivo, afetivo e volitivo.

- Observar também que associamos a geração dos estilos burlescos a             determinadas disposições de ordem psicológica do agente, a saber:
. Posicionar favoravelmente o julgamento crítico do interlocutor.
. Ficar desobrigado da necessidade de experimentar sentimentos penosos.
. Ficar desembaraçado do julgamento crítico do interlocutor.

Processos de raciocínio 
Formalizando o pensamento objetivo e para caracterizar processos de raciocínio,  temos como ferramentas de trabalho a intuição, dedução, abdução, análise e síntese, reflexão e verificação, teoria aliada à prática, ciência aliada à técnica, que  podem ser considerados como estágios discriminatórios para avaliação dos critérios de Fundamentos e Tendências.

- Fundamentos têm relação direta com o pensamento lógico ou racional, seguindo, portanto, os princípios de identidade, contradição, terceiro excluído, razão suficiente e causalidade; “discriminando as verdades de fato e verdades de razão”, pelo menos enquanto formuladas sob o aspecto filosófico.
- Lembramos que o princípio da indução é o princípio de causalidade, identificado igualmente como Princípio do determinismo ou da Constância das leis da natureza. 

Os estilos que serão apresentados mostrarão ao leitor a importância do princípio da homeóstase e da associação (v. 3.2.1)  entre este e os princípios da Realidade (psicologia)  e do Prazer (psicanálise), que tornamos a repetir:
Princípio da Realidade. – Substituição ou controle das exigências do “princípio do prazer” com o objetivo de adaptar o organismo às exigências da realidade, assegurando, conseqüentemente, a satisfação de suas necessidades.
Princípio do prazer. – Tendência da atividade psíquica a buscar a satisfação e evitar o pesar, sem levar em conta a realidade.



Resumindo, temos:
FUNDAMENTOS
LOGICOS
IDEOLÓGICOS
COMPORTAM.
P.PRAZER
Orient. para o prazer
predominante
P. REALIDADE
Orient. para a realid. .
predominante

Utilizando a estrutura apresentada o leitor poderá definir estilos diferentes daqueles prospectados no Burlesco.

j.nagado – revisões: (02/02/2007) – (27/08/2008) - (25.01.2013)

Estilos e Esquetes dos Estilos Burlescos
Os estilos burlescos foram apresentados suscintamente no blog, com base nesta estrutura de geração de estilos do Burlesco.
Esquetes já postados no blog
POST 11.2013 – ESQUETES: CRICA – Fair Play no Tênis   - (http://licburlesco.blogspot.com/2013/09/post-112013-esquetes-crica-fair-play-no.html)
(Categoria Espirituoso )
 POST 12.2013–ESQUETES: ESPECIALISTA–Piada de Advogado. (http://licburlesco.blogspot.com/2013/09/post-122013-esquetes-especialista-piada.html) 

(Categoria Pobre de Espírito) 

POST 13.2013 – ESQUETES : CÂNDIDO – Afilhado de Político
http://licburlesco.blogspot.com/2013/11/post-132013-esquetes-candido-afilhado.html

POST 14.2013 – ESQUETES : SIMPLÓRIO – do Grotesco ao Lúdico
http://licburlesco.blogspot.com/2013/12/post-142013-esquetes-simplorio-do.html

POST 15.2013 – ESQUETES – INOCENTE ÚTIL : compassivo
http://licburlesco.blogspot.com/2014/02/post-152013-esquetes-inocente-util.html

POST 16 .2013 – ESQUETES: IGNORANTÃO – produto de Individuação
http://licburlesco.blogspot.com/2014/03/post-16-13-esquetes-ignorantao-produto.html


A série de esquetes referentes à Categoria Pobre de Espírito já foi concluída. Os esquetes referentes às Categorias (Gozador, Espirituoso e Genial) serão apresentados em suas respectivas séries.  
(josé Nagado – 15.07.2014)