POST 07.2013 – OS PRÉ
SOCRÁTICOS - TERTÚLIA (Parte 3)
(Tertúlia
domingueira)
O Neves apresenta suas armas para
o embate, digo , tertúlia entre amigos , celebrando intelectos cuja voz ecoa de forma diferente,
talvez inusitada, no cérebro desvirtuado deste “sócio do Berg”.
·
Re: B&F – 004.2013 – OS PRÉ-SOCRÁTICOS
Para
José Nagado, jaymerosa, nicanordefreitas, IDIR Martin, Breno Vianna, Maria
Lucia Y. Hoki
Nagado
Diante dos comentários que me enviaste no arquivo, eu gostaria de ter a
concisão, pragmatismo e sabedoria do
nosso Jayme para responder simplesmente: Ah, bom!
Mas, como sabes, como passo por um momento de muita correria, não tenho tempo, nem a tua paciência oriental para pesquisar em livros ou no Google para pesquisar e achar argumentos suficientes para uma nova réplica. Então, valho-me apenas do que aprendi há muitos anos atrás, e do pouco que me sobrou na memória para comentar que:
1 - Que nenhum de nós dois está obrigado a concordar com o outro, mas que ambos temos o dever de respeitar a opinião de cada qual;
2 - Entendi melhor o que queres dizer com a "profundidade histriônica", mas sigo não concordando com o carimbo de velhacos, farsantes, palhaços, imbecis, charlatães e embusteiros - como se fossem simples gurus e videntes - com que a "histrionia" classificaria os pré-socráticos. Aliás, este foi o motivo deflagrador da nossa tertúlia a respeito do tema;
3 - Não vejo oxImoro nos seus pensamentos filosóficos, mas vejo uma esforçada tentativa de classificá-los assim. Alguns podem ser pueris e superficiais, mas são originais, e deles se serviram os grandes filósofos posteriores para sedimentarem suas doutrinas, ainda que elas fossem o contraditório e a simples negação desses pensadores originais.
Mas, como sabes, como passo por um momento de muita correria, não tenho tempo, nem a tua paciência oriental para pesquisar em livros ou no Google para pesquisar e achar argumentos suficientes para uma nova réplica. Então, valho-me apenas do que aprendi há muitos anos atrás, e do pouco que me sobrou na memória para comentar que:
1 - Que nenhum de nós dois está obrigado a concordar com o outro, mas que ambos temos o dever de respeitar a opinião de cada qual;
2 - Entendi melhor o que queres dizer com a "profundidade histriônica", mas sigo não concordando com o carimbo de velhacos, farsantes, palhaços, imbecis, charlatães e embusteiros - como se fossem simples gurus e videntes - com que a "histrionia" classificaria os pré-socráticos. Aliás, este foi o motivo deflagrador da nossa tertúlia a respeito do tema;
3 - Não vejo oxImoro nos seus pensamentos filosóficos, mas vejo uma esforçada tentativa de classificá-los assim. Alguns podem ser pueris e superficiais, mas são originais, e deles se serviram os grandes filósofos posteriores para sedimentarem suas doutrinas, ainda que elas fossem o contraditório e a simples negação desses pensadores originais.
4 -
A cosmologia foi, sem dúvida, a que mereceu mais contemplação e atenção
dos pré- socráticos. Heráclito enunciou que "não
se pode entrar duas vezes no mesmo rio", e reagiste com um"Gostaria
que alguém me explicasse tanta profundidade". É, isso talvez hoje
possa soar como um pensamento "raso", mas eu não vejo Heráclito referir-se
ao rio como todo, mas sim que a mesma água não passa duas vezes no mesmo lugar,
pois está em permanente renovação, e por isso não entrarás uma segunda vez na
água que já passou. Ainda sobre Heráclito, como tu mesmo mencionaste, Marx e
Darwin foram profundos seguidores de seu pensamento como todo; e olha que os
dois já são bem moderninhos:
5 - Aristóteles que, na minha modesta opinião, foi o pensador mais brilhante da
humanidade, fala, como dizes, com certa ironia sobre o princípio da água e da
existência da alma, atribuídos aos pré-socráticos. Hoje sabemos que todos nós,
seres vivos, humanos, ou "desumanos" somos compostos por mais
de 70% de água; e, quanto à existência da alma, é ainda uma discussão que segue
cada dia mais viva;
6 - Seria cansativo seguir dissertando sobre a contribuição de cada um dos
pré-socráticos; por certo que alguns tiveram muito maior transcendência que
outros para o pensamento moderno, e muitos cairam num verdadeiro ostracismo,
mas daí a classificá-los como pensadores de "profundidade
histriônica" é algo que, definitivamente, não lhes dá a merecida justiça,
embora respeite a opinião de quem julgue o contrário.
Como hoje também é domingo, chega de filosofar. Mas eu acho estimulante este
esgrimir de idéias, embora eu me reconheça mais intempestivo que pensativo.
Abraços, e bom saldo de domingo a todos.
Neves(10/03/13)
Nagado e Neves, você são muito entendidos na área de "filosofia", onde eu boio... Como diria o Nunes (ex-jogador do Flamengo): " Não concordo nem discordo, só acordo para o meu desconhecimento nessa área..." Como fiz Curso Técnico de Agricultura e depois Economia, li mais foi Adam Schmith, Schumpeter, Keynes, Marx, Marshall, Hayek e outros dessa laia...Abraços para vocês! Freitas
ResponderExcluirRef. a seu comentário em POST 07.2013 – OS PRÉ SOCRÁTICOS - TERTÚLIA (Parte 3)
ResponderExcluirA "profundidade histriônica" que atribuí aos pensamentos dos Pré Socráticos foi a causa do início desta Tertúlia com o nosso amigo Neves.
Caro Nicanor, bem que o Neves e eu gostaríamos que vc. tivesse participado desta Tertúlia, e então todos poderíamos desfrutar, de OXIMOROS (paroxismos) no âmbito da Economia, que poderiam ser construídos, por exemplo, com Keynes e Marx, citados por você.
Neste caso, o amigo Nicanor poderia sustentar a tese Keynesiana do “Desenvolvimento Sustentável”, um oximoro, para os doutos economistas.
A vitória do Neves em nossa tertúlia, garantiu-lhe a inclusão desta avença na sequência do “Tributo ao Neves”, que daremos continuidade em breve no blog.
As palavras definitivas do Neves:
“Não vejo oximoro nos seus pensamentos filosóficos, mas vejo uma esforçada tentativa de classificá-los assim. Alguns podem ser pueris e superficiais, mas são originais, e deles se serviram os grandes filósofos posteriores para sedimentarem suas doutrinas, ainda que elas fossem o contraditório e a simples negação desses pensadores originais.
Nicanor, obrigado pelo comentário e um grande abraço. J.Nagado (17.09.2018)